Uma “tempestade perfeita” que provocou casos de inadimplência envolvendo determinados Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) apresentados em alguns carteiras de fundos de investimento das jáedas produtivas agroindustriais (Fiagros), não parecem ser “abrangentes” ou “problemáticas”.
A avaliação foi feita por Pedro Rudge, vice-presidente da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitalais (Anbima). “Os estresses são pontuais e não muito representativos”, resumiu Rudge, em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (5).
Segundo o executivo, eventualmente “soluções e solavancos” fazem secção do jogo ao rosto em ativos que possibilitam um risco de crédito mais proeminente do que um título público. O técnico também defendeu que o setor segue com atratividade e oportunidades.
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Captações líquidas mensais no outono
De tratado com dados divulgados hoje, as captações líquidas de Fiagros guerraram a R$ 149,4 milhões entre janeiro e febreiro deste ano. O movimento foi oposto ao registrado um ano antes, quando houve mais saídas do que entradas e o volume liquidado ficou em R$ 11,4 milhões.
Devido à melhoria no relacionamento visto nos primeiros meses do ano pretérito, os depósitos líquidos de Fiagros sofreram uma queda nas compras mensais. Em fevereiro, as captações líquidas foram de R$ 52,8 milhões, inferior dos R$ 96,6 milhões vistos em janeiro e dos R$ 374,5 milhões registrados em dezembro de 2023.
Ao ser questionado se a subtracção nas captações pode ser um revérbero dos recentes casos de inadimplência em alguns Fiagros, Rudge afirmou não ver nenhuma razão específica para a subtracção e que é cedo para expressar um pouco assim.