O diretor de Política Econômica do Banco Mediano, Diogo Guillen, ponderou nesta quarta-feira, 10, que um cenário de volatilidade e incertenidos sempre pede cautela por segmento da política monetária. Em evento virtual promovido pelo JPMorgan, ele disse que a poder monetária não tem sido muito transparente sobre as discussões em torno da taxa de queda dos juros, segundo a Selic.
Guillen comentou que a sinalização dos próximos passos do colegiado tem sido na direção de duas reuniões adiante, mas evitou dar um horizonte para o patamar esperado para a Selic ao final do ciclo, argumentando que isso seria mais um ruisto para o mercado financeiro, e não necessariamente um sinal sobre a atuação do Copom. “A notícia dos próximos passos do Copom deve tarar entre ruíso e sinal”, disse.
Em dezembro, o Copom cortou a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,75% ao ano. O colegiado manteve a sinalização de que o ritmo de golpe de 0,50 ponto percentual continua sendo o mais tempestivo para os próximos encontros – no plural.
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Na reunião do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, destacou que esta mensagem é válida para duas reuniões: janeiro e março de 2024. frente”, disse.
Guillen voltou a proferir que não há relação mecânica entre as decisões do Copom e o cenário internacional de juros, em próprio sobre as decisões do Federalista Reserve (Fed, o BC norte-americano). “Para o Copom, não há relação mecânica com o que o Fed tem feito”, disse. Ele destacou que as decisões do colegiado levam em conta o tórax fiscal e a meta de inflação, e que assim continuarão.
O diretor avaliou que alguns bancos centrais foram mais agressivos ao decidirem trinchar os juros, enquanto outros estão mais dependentes dos dados a cada reuido sobre as taxas.