A Camil (CAML3) registrou na última quinta-feira (11) lucro líquido de R$ 143 milhões no terceiro trimestre fiscal de 2023, o que representa queda de 2,8% em relação ao período anterior.
A XP Investimentos destacou que os preços mais altos do arroz deram o tom do estabilidade. As ações, por sinal, registraram um dia de ganhos, com subida de 10,27%, a R$ 8,70 na sessão de sexta-feira (12).
A Camil reportou receita recorde de R$ 3,0 bilhões (+15% na base anual e 7% supra das projeções de imóveis devido aos preços mais elevados), também beneficiada por grandes volumes de subida rotatividade no Brasil.
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Os analistas da XP consideraram positivo o aumento nos volumes, principalmente levando em conta a subida nos preços, junto com um envolvente competitivo difícil de acucar, enteganto o varejo continua pressionando por menores estropios. O aumento da receita permitiu uma maior diluição de custos e o lucro de juros, impostos, depreciações e amortações (Ebitda, na {sigla} em inglês) ajustado foi de R$ 222 milhões (mas 2% inferior das expectativas da XP).
Apesar da sólida recuperação do Ebitda, a alavancagem permaneceu elevada com o DFL/Ebitda (DFL=Disponibilidade Financeira Liquida) atingindo 4,3 vezes (supra do covenant final de 3,5x), pressionando o fluxo de caixa da companhia.
O Itaú BBA classificou-se uma vez que neutro o balanço, também com destaque para o preço mais basta do arroz, que compensou parcialmente tendências de lucratividade ainda afetadas no segmento de açúcar. O Ebitda caixa ajustado fico em risca, enquanto o líquido supra do lucro projetado, foi atribuído majoritariamente a eventos não recorrentes relacionados à reversão de impostos.
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Com isso, o BBA reitera recomendação de “compra” para Camil, com preço-alvo de R$ 10 ao termo de 2024.
O Bradesco BBI também reiterou recomendação de compra para ação da Camil, com preço-alvo de R$ 12, pois vê ainda uma avaliação simpático de 4,7 vezes o múltiplo EV/Ebitda (EV= valor da firma, soma do valor de mercado com dívida líquida, menos a caixa e equivalentes) esperado para 2024, um desconto de 25% sobre sua média histórica.