O mercado pode esperar por mais uma vantagem no Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Vasto (IPCA). O consenso, segundo o grupo consultivo permanente macroeconômico da ANBIMA, aponta para uma de 0,41% na inflação de maio, frente a 0,38% em abril.
A leitura do mês pretérito, que será divulgada às 9h desta terça-feira (11), será a primeira a tomar os efeitos das enchentes no Estado do Rio Grande do Sul.
Especialistas afirmam que os maiores vilões da subida de preços foram os setores de transporte e habitação. “Uma variação conhecida de 6,04% na subida vazão de ar de 0,28% na vontade elétrica deve contribuir para essa pressão”, diz o estrategista de inflação Warren InvestimentosAndréa Ângelo.
Em menor medida, os combustíveis — principalmente a gasolina e o etanol — também deverão tarar no mês, afirma o comentador de economia do Investing.comLeandro Manzoni.
Por outro lado, os provisões no estância devem apresentar uma subida menor em relação a abril. A expectativa é de desaceleração de 0,81% para 0,43%, principalmente por razão dos produtos in naturezaque pode subir 1,2%, vindo de 3,95%.
Outra ajuda para o mês deve ser a descompressão dos preços dos medicamentos, com o término do impacto do reajuste dos valores de 4,5%.
“A mídia dos princípios núcleos deve mostrar pouca novidade do que foi visto no IPCA-15 de maio. Assim porquê o grupo de serviços subjacentes, que deve apresentar variação de 0,31% igual ao IPCA-15 de maio e muito próximo ao IPCA de abril. “Já o grupo intenso em trabalho deve correr para 0,40% vindo de 0,35% na prévia, movimento que está persistindo até o fechamento do ano, vando fixar em 5,7%”, diz Ângelo.
Inflação de 2025 preocupa
A Warren projeta que o IPCA feche os anos de 2024 e 2025 em torno de 4%. A meta para ambos os anos é de 3%, com um pausa de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para plebeu.
O estrategista de inflação, Ângelo, no entanto, avalia que o balanço de risco é altista para esses períodos — e é isso que preocupa o mercado.
Em risca, Manzoni, do Investing.com, restala que o Relatório Focus de hoje (10) elevou pela quinta vez consecutiva a expectativa do IPCA para 2025, atingindo 3,9%, pela sexta vez consecutiva para 2026, uma subida de 3,78%.
“Apesar de a meta de inflação ser de 3% e as projeções estarem dentro do limite superior de 1,5 ponto percentual supra da meta, uma deterioração jacente preocupa o Copom”, diz Manzoni.
O mercado de trabalho apertado, com a tamanho salaria no pico histórico, e o Resultado Interno Bruto (PIB) em expansão contribui para essa deterioração. “A subida recente do dólar, que está cotado a R$ 5,35 nesta segundafeira, também passou a ser ponto de preocupação na política monetária, devido aos efeitos potenciais na inflação da desvalorização do real”, explicou.