De concórdia com o Índice Zara, presente em um relatório produzido por analistas de equity research do BTG Pactual (BPAC11), comprar na Shein é 70% mais dispendioso no Brasil do que nos Estados Unidos (EUA), mas é 33% mais barato que na C&A (CEAB3).
O índice analisa o preço de 12 produtos da Zara em 54 países, usando os mesmos produtos de edições passadas para confrontação.
Em 2023, os produtos da gigante de fast-fashion eram 1% mais caros no Brasil do que nos EUA. Com a valorização de 9% do real frente ao dólar, levante ano está 3% mais dispendioso comprar na Zara.
Comprar roupas no Brasil continua difícil, com os preços das peças entre os mais caros do mundo. Em 2014 era pior, com o índice medindo uma diferença de 21% entre o preço do vestuário brasílico e o americano, porém.
No exterior, comprar roupas na Zara é mais barato na Espanha e Portugal, por conta das instalações de produção e subcontratações para fábricas nesses países.
Shein aparece porquê gigante do varejo
Empresas porquê Shein e Shopee conseguiram marcar presença no mercado brasílico através da atração de vendedores locais, realizando estratégias de marketing locais e testando lojas pop-up.
Também de concórdia com o relatório, a atuação dessas empresas foi beneficiada pela velocidade de lançamento no mercado, o uso de redes sociais e os preços baixos.
Entretanto, um empecilho para a Shein continua sendo a tributação. No horizonte, o aumento nos impostos pode fazer com que a chinesa tenha que competir nas mesmas competições que as lojas de varejo do Brasil.
Em confrontação com outras lojas conhecidas nacionais, comprar na Shein é 28% mais barato que na Renner e 31% mais barato que na Riachuelo.
Por exemplo, o índice compara peças de roupas entre as marcas. Enquanto um vestido é vendido na Shein por R$ 40, ele pode ser encontrado por R$ 90 na C&A, R$ 120 na Riachuelo, e R$ 80 na Renner.
O relatório também cita empresas de vestuário para investir, afirmando que Vivara (VIVA3), Track&Field (TFCO4) e Arezzo (ARZZ3) são boas escolhas pois “combinam momento de limitado prazo, exposição à recuperação mais rápida do consumo pelas famílias de mais subida renda, propostas omnichannel e perspectivas de prolongamento de longo prazo ainda decentes”.