O Bank of America elevou seus preços para celulose em 2024. Com isso, os preços-alvo das ações da Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN3) também avançaram, com o banco de investimento reiterando sua perspectiva positiva para a primeira e melhoria conforme previsto para a segunda.
A instituição financeira vê um mercado de papel e celulose “mais apertado que o esperado”, com aumento de demanda principalmente na Europa na América do Setentrião. Aliás, há uma estabilização “saudável” da demanda na China.
Há também restrições à oferta que reproduzem preços elevados relacionados com greves e a explosão de uma importante fábrica na Finlândia, grande fornecedora de matérias-primas, muito uma vez que problemas logísticos no Mar Vermelho.
Apesar disso, o BofA está ponderado com relação à perspectiva para o setor por conta da demanda ainda discreta em alguns produtos fabricados.
“Embora estejamos mais positivos em relação à celulose, ainda aguardamos mais tangíveis no mercado de papelão para contêineres, onde os preços têm lutado para se restabelecer”, diz o BofA.
Ações da Suzano
Nesse sentido, o BofA mantém sua recomendação de compra para a Suzano, com elevação de preço-alvo de R$ 67 para R$ 80, subida de 31% sobre o fechamento de segunda feira.
O banco aponta a empresa uma vez que preferência para exposição no setor no Brasil por ser o que mais se beneficia do preço da celulose.
A celulose representa, historicamente, tapume de 85% do Ebitda da Suzano.
Aliás, a Suzano deverá se beneficiar do propagação dos volumes e da redução de custos na medida que sua usina Condensado em Mato Grosso, que entrará em operação em junho.
As ações da empresa são negociadas aquém dos múltiplos históricos: 6,0x EV/Ebitda para 2025 contra 7 vezes.
Ações da Klabin
A Klabin está menos exposta à celulose dos concorrentes, uma vez que a Suzano. Por isso, a projeção da projeção para a empresa inclui uma recomendação neutra para os papéis. O preço-alvo passa de R$ 20 para R$ 27, potencial de subida de 10,4% sobre o fechamento da segunda.
A mudança é “resultado de melhoria nas despesas com menor consumo de madeira de tercidos e menor intervalo da floresta até a fábrica, uma vez que conseña direta das aquisições anunciadas no final do ano pretérito”, diz o BofA.
Isso deverá desencadear revisões nos lucros projetados da Klabin para R$ 7,4 bilhões e R$ 7,7 bilhões em 2024 e 2025, respectivamente (10% e 6% supra do consenso). A Klabin é negociada a 7x EV/Ebitda em 2025 contra 8 vezes da média histórica.