Fontes próximas de Roberto Campos Neto afirmaram que o atual presidente do Banco Médio deseja se mudar para Miami e terebrar uma empresa de tecnologia financeira, segundo a Bloomberg Línea.
Essa movimentação de ex-presidentes do BC em direção ao setor financeiro não é novidade, com outros nomes do passando realizando o mesmo trajeto.
Armínio Penha, que esteve na direção do banco entre 1999 e 2002, e Ilan Goldfajn, que ocupou o posto de 2016 a 2019, são os dois nomes que fizeram a mesma transição, em seguida a quarentena de 6 meses imposta pela legislação brasileira antes de ocupar novos cargos no setor financeiro.
Predecessor de Campo Neto na presidência do Banco Médio atuou no Credit Suisse
Ilan Goldfajn chefiou o Banco Médio entre junho de 2016 e fevereiro de 2019, sendo o predecessor de Campos Neto.
Posteriormente a saída do BC, Ilan voltou seus olhos para a gestão do Credit Suisse no Brasil, atuando no desenvolvimento das áreas de wealth management e investment banking.
À quadra, o jornal Folha de S. Paulo noticiou o expedido do banco. “Na posição de presidente do parecer, não estatutário, Ilan desempenhará o papel estratégico de promover uma colaboração cada vez mais potente entre todas as divisões do Credit Suisse no Brasil”.
“Aliás, participará ativamente de discussões sobre cenários de médio e longo prazos, analisará oportunidades de investimento, buscará e desenvolverá produtos e serviços e ajudará a definir estratégias de investimento”, complementou o expedido.
Antes de sua passagem pelo Banco Médio, ele foi economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco (ITUB4) e sócio-fundador da Ciano Investimentos.
A saída do Credit Suisse ocorreu dois anos depois, em 2021, para assumir a diretoria do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Armínio Penha também teve o mesmo projecto
Armínio Penha fez uma transição na curso de forma a atuar mais intensamente no mercado financeiro.
Antes de ser o presidente do Banco Médio, em 1999, Penha foi o diretor-gerente da Soros Fund Management LLC, gestora do bilionário George Soros, por seis anos.
A atuação no BC ocorreu de março de 1999 a janeiro de 2003, enquanto Fernando Henrique Cardoso era o presidente do Brasil.
Posteriormente deixar o missão, Armínio fundou a gestora de recursos independente Gávea Investimentos, ao lado de Ilan Goldfajn e Luiz Fernando Figueiredo, que também foi diretor do BC.
De contrato com a gestora, a Gávea “investe globalmente e no Brasil através de Fundos Multimercado e de Private Equity“.
