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Autonomia do BC não é “virar as costas para a sociedade”, afirma Galípolo

por João P. Silva
Autonomia do BC não é “virar as costas para a sociedade”, afirma Galípolo

O diretor de Política Monetária do Banco Medial, Gabriel Galípolo, disse nesta sexta-feira (28) que a autonomia da instituição não significa que ela seja gratuita para uma sociedade ou para um governo. Galípolo discursou no evento Financial Week, da Liga de Mercado Financeiro, promovido pela Instauração Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

Para Galípolo, o debate está contaminado por interpretações precipitadas, que não abrem espaço à mediação de ideias.

“Muitas vezes contrarárias à autonomia são por interpretações diferentes. É importante esclarecer que autonomia não é virar as costas para a sociedade, não é virar as costas ao governo, ao poder democraticamente eleito”, disse Galípolo.

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Segundo o diretor do BC, toda instituição pública ou privada tem de estar “ocasião” a possibilidades de melhorar seu busto. E, nesse sentido, disse, o corpo técnico e a diretoria do banco estão engajados na ampliação da evolução da instituição e a instituição se preocupa de forma recorrente em ser transparente e comunicar-se melhor.

Taxa de juros

Segundo Galípolo, uma repartição do Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de maio, embora técnica, adicionou soído na economia e, agora, uma desancoragem suplementar da inflação colocada no diretório do banco em situação “complexa”.

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“A piora na inflação implícita traz preocupação suplementar na política monetária e, o câmbio, também”, disse.

Sobre o consenso pela manutenção da taxa de juros em junho de junho, Galípolo disse ver “muito valor” nessa concordância, em qualquer envolvente ou ciclo.

“É mais difícil nove no Copom errar do que uma sessão. Divergências no Copom costumam estar dentro do pausa de crédito do protótipo”, disse o diretor do BC.

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Galípolo disse que o Brasil tem sofrido mais do que seus pares emergentes por “n” razões. “O mercado do Brasil é mais líquido. Isso faz com que nossos ativos sofram. Há ruídos e idiossincrasias domésticas que contribuem para um desempenho pior”, comentou.

Galípolo também respondeu a questionamentos sobre as metas de inflação durante o evento. Segundo ele, a decisão sobre a geração de meta contínua de inflação já havia sido tomada na reunião do Recomendação Monetário Vernáculo (CMN) serviu unicamente para esclarecimentos.

“A publicação do decreto de metas atendeu aquilo que já havia sido transmitido. O decreto de metas reforçou e corroborou o que já estava dentro do esperado”, afirmou.

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Ele disse, também, que o BC é uma instituição ocasião para revisitar suas práticas, mas ponderou que qualquer mudança tem de ser conservadora.

Ano-calendário

O Diretor de Política Monetária do Banco Medial defendeu a adoção de metas contínuas de inflação. “O Brasil foi um dos únicos países que continuou com meta de ano-calendário. Fazia pouco sentido continuar com a meta de ano-calendário. A teoria de ano-calendário faz um pouco sentido, não se coaduna com a prática da política monetária”, disse.

Segundo o diretor do BC, é “relevante” ter ficado estábalo o valor da meta em horizonte vasto porque isso retira um elemento de incerteza sobre se o CMN mudaria a meta. “A desancoragem já impactou a política monetária, comentamos sobre inconvenientes. As expectativas de 50 bps supra do meio da meta já eram um ponto grande de incômodo”, continuou.

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Havia, disse ele, dúvidas sobre mudanças na diretoria do BC, e dúvidas sobre a viabilidade das metas.

Galípolo reiterou que o poder democraticamente eleito está a meta e cabe ao BC alcançá-lo. “Cabe ao BC perseguir a meta com mais ou menos esfogo”, disse.

(Com Estadão Teor)



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