O Região Fla, banco do dedo criado pelo Banco de Brasília (BRB) em parceria com o Flamengo, deve lucrar um cartão de crédito para clientes de subida renda e um “superapp”, com todas as funções de um relacionamento bancário.
As mudanças serão os primeiros passos em seguida a mudança nos contratos que regem o entendimento entre o banco e o clube, com a geração de uma novidade empresa, para qual o BRB procura um sócio.
No início do mês, BRB e Flamengo aprovaram a geração de uma empresa pertencente ao banco. O clube, por sua vez, tem uma opção de compra de 45% do capital, com participação nos lucros de igual proporção.
Essa empresa vai estruturar plataformas e produtos, e contratrará o BRB para que siga concedendo crédito aos clientes, que somou 3,5 milhões em dezembro pretérito.
“Essa traz estrutura mais liberdade, e maior foco para a atuação, uma vez que chegou a ter uma equipe dedicada”, disse o presidente do BRB, Paulo Roberto Costa.
De entendimento com ele, o contrato original, firmado em 2020, que cria o banco do BRB com o Flamengo, foi dividido em três: um para a parceria em si, outro para licenciamento e um terceiro para o patrocínio do banco ao clube. Os dois primeiros valem por 20 anos, e o patrocínio vai até marco de 2026.
O banco do dedo do Flamengo também é símbolo da expansão do BRB no país, resultado de uma estratégia implementada pelo banco público no Província Federalista a partir de 2019.
Considerado o clube de futebol com a maior torcida do Brasil, estimado em 50 milhões de pessoas, o Flamengo “levou” o BRB a ter clientes em 93% das cidades brasileiras.
Esses números fazem com que a instituição esteja disponível para ter em mãos um ativo de poderoso potencial no disputado mercado dos bancos digitais. Por isso, o BRB procura um terceiro sócio para a novidade empresa, que poderá permanecer com uma fatia ainda não definida do negócio. Uma vez que os ativos bancários seguem com o BRB, o balanço da novidade companhia é mais “ligeiro”, e atrai inclusive para empresas que não atuam no negócio financeiro.
“Fomos procurados por empresas de tecnologia, por bancos digitais, e por empresas de turismo e transporte que queriam ter chegada à base de torcedores”, diz Costa. De entendimento com ele, a reformulação dos contratos foi importante para conseguir fechar negócios definitivamente.
A paixão do brasiliano pelo futebol é um dos campos em que os bancos querem marcar gol. Em 2019, o Corinthians assinou entendimento com o BMG, também sócio do Vasco, para um banco com escudo próprio. No ano pretérito, foi a vez do Palmeiras fabricar a própria conta do dedo, através do contrato com a Pefisa, da Pernambucanas.