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BC não tem porquê dar orientação futura devido a incerteza elevada, diz Campos Neto – Investe Alcance

por João P. Silva
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Campos Neto disse que o cenário mais provável para o BC será divulgado somente na próxima reunião do Copom. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Banco Mediano, Roberto Campos Neto, voltou a reportar um aumento nas incertezas nesta segunda-feira, afirmando que isso impede a autonomia de oferecer um “guidance“, uma orientação futura para a transporte da política monetária.

Em evento organizado pela Legend Investimentos, Campos Neto disse que o cenário mais provável para o BC será divulgado somente na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece em 7 e 8 de maio.

“O que a gente fez na semana passada foi expor que não temos porquê dar um ‘guidance’ porque temos uma incerteza muito grande”, disse.

Em declarações nos Estados Unidos na última semana, Campos Neto apresentou diferentes cenários para o trabalho do BC avante e citou uma eventual redução do ritmo de cortes da taxa básica de juros, sempre colocando porquê condicionante a evolução do nível de incerteza, principalmente no envolvente internacional.

“A gente deu essa transição exatamente para dar mais transparência daqui para frente no que vamos fazer em termos de política monetária. Nós não temos porquê dar um guidance porque tem muita incerteza”, afirmou nesta segunda.

Nos últimos dias, depois os comentários do próprio Campos Neto e diante de riscos globais e domésticos, a curva de juros brasileira passou a precificar golpe de somente 0,25 ponto percentual da taxa básica Selic em maio — e não de 0,50 ponto percentual, porquê vinha indicando o BC em suas comunicações mais recentes.

A Selic está atualmente em 10,75% ao ano.

O presidente do BC argumentou que a autonomia faz “a maior força provável” para dar maior visibilidade sobre sua atuação futura, o que reduz a volatilidade, ponderando que isso não é provável quando a incerteza sobe muito.

No evento, Campos Neto voltou a declarar que o BC só interfere no câmbio quando vê disfuncionalidades no mercado, apontando que a autonomia nunca faz intervenções muito pequenas nem muito grandes.

Ele ainda afirmou que o mercado de crédito está poderoso e saudável no Brasil, com alguma melhora em indicadores de inadimplência da pessoa física.



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