A bolsa de valores hoje fechou em queda, enquanto o dólar subiu ao maior patamar do ano. Entre os indicadores de destaque do dia está a divulgação do volume de serviços no país, que caiu, em direção contrária ao imaginado pelo mercado.
Perto das 15h50 desta sexta-feira (12), o Ibovespa fechou em queda de 1,14%, a 125.946,09 pontos, apagando os ganhos da semana, período no qual o índice desceu 0,67%.
Anteriormente, na quinta, o principal índice da bolsa já havia fechado em queda de 0,51%. Veja cá os motivos das perdas do dia anterior.
Dólar hoje
O dólar volta a subir no mercado sítio na manhã desta sexta-feira sintonizado à valorização da moeda norte-americana no exterior, em seguida queda nas exportações e importações na China, chance de exclusivamente um namoro de juros nos Estados Unidos neste ano, e em meio a fator técnico e cautela interna com o quadro fiscal e da Petrobras.
No horário mencionado, o dólar à vista fechou em subida de 0,60%, a R$ 5,1212. É a maior valorização em um fechamento em seis meses.
É o maior patamar de fechamento desde 9 de outubro, quando a moeda americana fechou em R$ 5,13. No saldo semanal, o dólar mercantil teve valorização de 1,11%.
O DXY avançou perto de 0,70%, na vivenda dos 106 pontos.
Ações em subida
- Prio ON (PRIO3): +2,13
- Mater Dei ON (MATD3): +1,75%
- Recrusul PN (RCSL4): +1,59
- Oi BR ON (OIBR3): +1,56%
- Syn Prop Tech ON (SYNE3): +1,52%
Ações em baixa
- Azul PN (AZUL4): -10,07%
- Dasa ON (DASA3): -8,60%
- Projecto&Projecto ON (PLPL3): -8,43%
- Infracommerce ON (IFCM3): -8,24%
- JHSF ON (JHSF3): -8,10%
Os rankinsg contemplam ações com volume supra de R$ 1 milhão que compõem ou não o Ibovespa e outros índices da bolsa. As cotações foram apuradas depois do fechamento, mas podem ter correções.
Bolsas mundiais: NY e temores externos impactaram bolsa de valores hoje no Brasil
Os índices de Novidade York fecharam em potente baixa nesta sexta, com todos recuando mais de 1%, em um cenário de aversão a riscos no mercado, o que também impactou a bolsa de valores hoje em São Paulo.
As tensões entre Israel e Irã levam cautela aos investidores, que temem as repercussões de uma escalada no conflito. O tema repercute na subida dos preços do petróleo, que acumula ganhos nas últimas semanas, e pode pressionar ainda mais a inflação americana.
Neste cenário, o Federalista Reserve (Fed) poderá manter seus juros elevados por mais tempo. Citando as incertezas, alguns dos principais bancos dos EUA divulgaram hoje seus balanços, que repercutiram de maneira negativa nos papéis.
O índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 1,24%, aos 37.983,24 pontos; o S&P 500 caiu 1,46%, aos 5.123,41 pontos. O Nasdaq desvalorizou 1,62%, aos 16.175,09 pontos. Na semana, houve queda de 2,37%, 1,56% e 0,45%, respectivamente.
Europa
As bolsas da Europa fecharam sem sinal único em sessão atenta a sinais dos Estados Unidos, principalmente sobre a política monetária do Federalista Reserve (Fed, o banco mediano norte-americano) e o início da temporada de balanços no país, com os dois fatores pressionando os índices.
Por outro lado, ações de mineradoras tiveram potente subida na sessão por conta do progressão dos preços dos metais, o que fôlego principalmente à bolsa de Londres.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em subida de 0,06%, aos 504,85 pontos.
No Reino Uno, o FTSE 100 fechou em subida de 0,91%, a 7.995,58 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,28%, a 17.904,15 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,16%, a 8.010,83 pontos.O FTSI MIB, de Milão, subiu 0,15%, a 33.764,15 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve subida de 0,31%, a 10.682,40 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,65%, a 6.337,43 pontos.
Serviços em queda também mexeram com a bolsa de valores hoje
O volume de serviços sofreu queda de 0,9% em fevereiro, contrariando a mediana das expectativas do mercado, que apontava para uma subida de 0,2% no indicador, além de ter revertido integralmente a subida de 0,7% registrada no mês anterior. Frente o mesmo período do ano pretérito, o indicador apresentou variação positiva de 2,0%, desacelerando frente à subida de 4,0% observada em janeiro.
Com isso, os investidores olham com alguma cautela para o setor de serviços na bolsa de valores hoje.
Nesse sentido, “a particularidade do indicador não foi ruim exclusivamente do ponto de vista quantitativo”, diz Matheus Pizzani, economista da CM Capital. A disseminação da queda “por grupos com subida reciprocidade com o incremento orgânico da economia brasileira” também pesa negativamente.
Nesse sentido, houve retração de 1,9% do subgrupo de “outros serviços prestados às famílias”. Esse segmento exclui em boa medida os serviços que estão ligados à indústria de turismo, serviços não essenciais.
Ou por outra, houve queda também no grupo de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%), disperso em boa segmento de seus componentes. Dessa maneira, serviços técnicos-profissionais caíram 4,8%. Serviços administrativos e complementares recuaram 0,3%. Por término, serviços de espeque às atividades empresariais tiveram perda de 0,9%.
Com a colaboração de Pedro Knoth.
Com informações do Estadão Teor
