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Brasil pode ter perdido R$ 46 bilhões no PIB; saiba por quê – Money Times

por João P. Silva
pib jovens nem-nem CNC

Jovens que estão fora do mercado de trabalho estão impactando o PIB do Brasil, segundo dados da CNC. (Imagem: Reuters/Bruno Domingos)

Segundo a Confederação Vernáculo do Negócio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a população de jovens que não trabalha e não estuda — também conhecidos porquê “nem-nem” — poderia ter contribuído com R$ 46,3 bilhões no Resultado Interno Bruto (PIB) brasílico em 2022.

Em 2022, o PIB registrou desenvolvimento de 2,9%, na taxa anualizada, e somou totalizou R$ 9,9 trilhões. O período foi marcado por um progressão no setor de Serviços, seguido em menor graduação pela Indústria e queda na Agropecuária.

Pelos cálculos, a cada R$ 1 de aumento na renda média do grupo de jovens entre 18 a 24 anos, há impacto médio de R$ 1,6 milhão na atividade econômica do país. O levantamento considera os dados divulgados pelo Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE) e o salário médio de contratações do Caged.

A CNC destaca que esse impacto no PIB pode sem maior, dependendo da região. Por exemplo, nos estados do Sudeste, o impacto seria de R$ 5,5 milhões, enquanto nos estados do Setentrião é de R$ 400 milénio.

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Quem são os jovens que estão impactando o PIB?

Segundo os dados do IBGE, a população em idade produtiva (15 a 29 anos) e que se encontram em situação de inatividade somou 10,9 milhões em 2022, sendo que, desse grupo, 4,7 milhões de jovens não estavam procurando por um tarefa e nem gostariam de trabalhar.

No entanto, vale primar que esse número ainda estava inflado pelo pós-pandemia. Os últimos dados da Pesquisa Vernáculo por Modelo de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostram que, no trimestre encerrado em outubro de 2023,o percentual de desalentados na força de trabalho caiu para 3,1%.

Com isso, o número de pessoas que desistiram de procurar por trabalho caiu 6%, totalizando 3,4 milhões. Trata-se do menor transitivo desde o trimestre encerrado em agosto de 2016.

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, afirma que as razões que afastam os jovens do mercado de trabalho variam, mas a principal são as condições trabalhistas. “Hoje, um salário e um trabalho firme não são mais suficientes para essa geração. Eles precisam se sentir segmento do processo e ver a sua marca na geração de valor que a empresa tem”, diz.



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