O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil em firmeza “de sobra” para atrair os investidores estrangeiros.
“A coisa mais importante para o investidor é firmeza e isso o Brasil tem de sobra para oferecer”, disse em oração nesta quarta-feira (12).
O presidente participou da fenda do FII PRIORITY Summit Rio de Janeiro, um encontro internacional para debater oportunidades de investimentos para o desenvolvimento sustentável, que acontece entre os dias 11 e 13 de junho. O evento é organizado pelo FII Institute, organização sem fins lucrativos dirigida pelo principal fundo da Arábia Saudita, o Fundo de Investimento Público.
Embora estivesse se referindo, principalmente, a investimentos diretos no país, o fala é um contraponto ao cenário de fuga de capital estrangeiro no mercado financeiro. Segundo os dados mais recentes da B3, os investidores estrangeiros retiram R$ 258,4 milhões da bolsa de valores. No aglomerado do ano, as retiradas somam R$ 39 bilhões.
Segundo o presidente, o Brasil aperfeiçoou os marcos legais para prometer firmeza jurídica, assim porquê social, econômica e fiscal.
Lula aproveitou para substanciar o seu oração de que “o mercado não é uma entidade abstrata apartada da política e da sociedade”, sendo que ele não se sustenta sem firmeza política e social.
“Muito numerário na mão de poucos significa lazeira, doença, analfabetismo e criminalidade”, afirmou.
Petrobras (PETR4) está quase competindo com a Aramco, diz Lula
O presidente Lula aproveitou a ocasião para apresentar a novidade presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Magda Chambriard, e disse que a estatal está para competir com a Saudi Aramco — maior empresa integrada de petróleo e gás do mundo.
“A nossa Petrobras está quase competindo com a Aramco”, destacou Lula durante o seu oração e completou dizendo que haverá um “salto de qualidade” quando a companhia passar a explorar petróleo na chamada Margem Equatorial. “Nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer”.
Margem Equatorial está localizada entre o Amapá e o Rio Grande do Setentrião e é vista porquê de grande potencial para a exploração de petróleo. No entanto, o Ibama recusou pedido de licença da Petrobras para realizar estudos visando provável exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.
