A BrasilAgro (AGRO3) anunciou um arrendamento que acrescentará 7 milhões de hectares ao portfólio para produção de cana-de-açúcar, num movimento de diversificação de receitas.
Uma herdade, localizada em Brotas, no interno de São Paulo, permitirá a ingressão da empresa no mercado de produção de açúcar.
A negociação representa um aumento de 5% na espaço plantada, projetada em 172,4 milhões de hectares para a safra 2023/24. O pregão também marca a ingressão da empresa no Estado de São Paulo, um dos principais polos sucroenergéticos do país.
“O mercado internacional de açúcar tem se mostrado muito simpático, além de permitir uma flexibilidade para os resultados da companhia e, desde o ano pretérito, estamos dedicados a ampliar o portfólio de olho neste segmento”, afirma André Guillaumon, CEO da BrasilAgro.
Segundo a empresa, um grupo de herdade ocorrerá de maneira escalonada. Serão 5,06 milhões de hectares arrendados em 2024, sendo o restante em 2029.
“Estamos confiantes de que a expertise do nosso tempo, somada ao potencial da região de Brotas, resultará em um grande sucesso”, comemora Guillaumon.
A cana cultivada na espaço arrendada será destinada a uma usina da região que atua na produção de açúcar e etanol, o que otimiza o processo logístico e impacta também na redução de custos.
“Com esta operação em São Paulo, seremos remunerados por uma mistura de etanol e açúcar, o que nos dará mais segurança e previsibilidade.” O açúcar é uma commodity global, menos volátil que o etanol. Teremos oportunidade de fazer hedge do açúcar ou do preço do ATR, o que nos protegerá das oscilações do mercado”, afirma Guillaumon.
Atualmente, a BrasilAgro produz fibras alimentares e bioenergia em cinco estados brasileiros, além do Paraguai e da Bolívia. Quase 21 milhões de hectares do portfólio da empresa são dedicados ao cultivo de cana-de-açúcar.
No último ano, a empresa arrecadou 2 milhões de toneladas, com uma produtividade média de 79,07 toneladas por hectare. Segundo uma empresa, o investimento deve permanecer em torno de R$ 70 milhões, até chegar aos 7 milénio hectares.