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CEO do JPMorgan diz que tendências de longo prazo têm potencial inflacionário

por João P. Silva
CEO do JPMorgan diz que tendências de longo prazo têm potencial inflacionário

Há hoje em todo o mundo muita ênfase em dados mensais de limitado prazo e muito pouco nas tendências a longo prazo, todas elas com potencial inflacionário, opina Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, na sua epístola anual que acompanha o relatório do banco de investimentos.

Ele lista entre essas tendências, os enormes gastos fiscais, os trilhões necessários a cada ano para a transição rumo à economia verdejante, a remilitarização do mundo e a restruturação do transacção global. “Hoje há um enorme interesse nos dados mensais de inflação, embora me pareça que cada tendência de longo prazo que vejo aumenta a inflação em relação aos últimos 20 anos”, alertou no texto.

Ainda segundo ele, não há certeza se os modelos dos economistas poderiam captar esses efeitos. Assim, “é preciso usar o julgamento se quiser estimar impactos uma vez que esses”.

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Para Dimon, muitos dos principais indicadores econômicos de hoje continuam a ser bons e possivelmente devem melhorar, incluindo a inflação. Mas ao olhar para o amanhã, as condições que afetarão o horizonte devem ser consideradas.

“Por exemplo, parece ter um grande número de pressões inflacionárias persistentes, que provavelmente continuarão”, reforça na epístola, incluindo os possíveis custos de robustez mais altos no horizonte, embora atualmente haja um excesso de oferta de gás e capacidade ociosa numeroso em petróleo. Isso devido “à falta de investimento necessário na infraestrutura energética”.

Taxas de juros

Nesse cenário, o CEO disse que o JPMorgan Chase está pronto para uma gama muito ampla de taxas de juros, de 2% a 8% ou até mais. Os cenários incluem desde um possante prolongamento econômico com inflação moderada até o caso de uma recessão com inflação, ou seja, estagflação.

“Economicamente, o pior cenário seria a estagflação, que não viria unicamente com juros mais altos, mas também com maiores perdas de crédito, menores volumes de negócios e mercados mais difíceis”, detalha.

Ele escreve ainda que os mercados parecem estar precificando uma chance de 70% a 80% de um pouso suave, ou seja, de prolongamento modesto junto com inflação e taxas de juros em declínio. Mas ele diz que as chances podem ser muito menores do que isso.

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