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Dados de ocupação nos EUA acendem luz amarela para economia do país; entenda – Investe Alcance

por João P. Silva
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Payroll surpreendeu mercado, com 91 milénio novas vagas de trabalho supra das expectativas (Imagem: REUTERS/Amira Karaoud)

payroll, relatório de ocupação dos Estados Unidos (EUA), divulgado nesta sexta-feira (05) pelo Departamento do Trabalho, apresentou a geração de 303 milénio vagas de trabalho em março de 2024, com a taxa de desemprego ainda em 3,8%. Antes dos resultados, a previsão do mercado era para números em torno de 212 milénio.

Além dos novos dados, os dados de janeiro foram revisados para cima, passando de 229 milénio para 256 milénio novas vagas de trabalho. Já os números de fevereiro foram reajustados de 275 milénio para 270 milénio.

Os ganhos estão supra da média mensal de 231 milénio observada no último ano, com empregos surgindo principalmente em setores governamentais (+71 milénio), de assistência médica (+72 milénio) e construção (+39 milénio).

Agora, os norte-americanos trabalham mais, 34,4 horas semanais, em média. Outrossim, eles recebem 0,3% a mais, chegando a um salário médio por hora trabalhada de US$ 34,69, ou R$ 174,92.

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Payroll acende luz amarela para dirigentes do Fed

O Federalista Reserve (Fed) observa atentamente as movimentações no mercado de trabalho. Com um aquecimento, as expectativas de cortes nas taxas de juros podem ser reduzidas.

Para Andre Fernandes, perito em mercado de capitais e sócio da A7 Capital, os dados de ocupação surpreenderam o mercado e demonstram que o mercado de trabalho nos EUA ainda está muito aquecido.

“E isso pode ser refletido na inflação, a tornando mais persistente, corroborando os últimos discursos de dirigentes do Fed dessa semana, de que o lucro neutro por lá deve ser maior do que o esperado”, complementa.

Andre afirma que as atenções agora se voltam para os dados do índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE, em inglês), o índice de inflação preposto do Fed, o que dá mais pistas sobre o número de cortes de juros.

Para Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, os dados não devem modificar a percepção dos membros do Comitê Federalista de Mercado Simples (FOMC) sobre o cenário e a procura pela crédito extra no sucesso do combate à inflação permanece.

“Apesar das surpresas, houve reações positivas dos mercados posteriormente a divulgação do relatório de ocupação, mas o que deverá impactar as apostas sobre o curso da política monetária serão os números de inflação a serem divulgados na semana que vem”, complementa.

Mercados sentem dados dos EUA

O sócio da A7 Capital nota que a reação inicial do mercado foi refletida nas treasuries. “A treasury de 10 anos estava negociando posteriormente a divulgação próximo dos 4,40%, com uma subida de 2% posteriormente o payroll”, diz.

“Nos juros futuros daqui, apesar do estresse das treasuries, a curva de juros não se mexeu e operou sólido”, complementa.

Logo posteriormente a divulgação dos dados supra do esperado nos EUA, o Ibovespa (IBOV) passou a desabar 0,20%, a 127.666.



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