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Debate sobre prazo e ritmo de golpe de juros vai marcar 2024, diz Caio Megale

por João P. Silva
Debate sobre prazo e ritmo de corte de juros vai marcar 2024, diz Caio Megale

Se 2023 foi um combate à inflação, 2024 será marcado pelo debate sobre quando e quanto os Bancos Centrais poderão caminhar na rota da flexibilização, cortando os juros. O diagnóstico é de Caio Megale, economista-chefe da XP, que participou do quadro sobre macroeconomia no Onde Investir 2024evento gratuito e online organizado pelo InfoMoneyque se reúne nesta semana nomes importantes do mercado financeiro do Brasil e do mundo.

Megale destacou que, para considerar que a inflação está realmente dominada, são necessários alguns fatores. O primeiro é que a certeza de que os custos de produção maiores têm de veste ficado para trás, um pouco que hoje está incerto devido ao cenário geopolítico.

Ele citou uma vez que pontos de atenção a realização de eleições importantes, em próprio a dos Estados Unidos no final do ano, e a perpetuidade das tensões iniciadas no ano pretérito, uma vez que a série de eventos no Red Mar Melloho – esse último tema já tendo impacto nos preços dos fretes marítimos.

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“Acho que os Bancos Centrais, para comgrejar a trinchar juros, ou, no caso do Brasil, ir além dos 9%, 9,5% ou 10%, tem que ter confisanza de que realente a inflação voltou para níveis normais”, disse ele disse, evitando que esse processo deva porfiar todo o primeiro semestre do ano.

O economista, reforçou o BC precisa tomar zelo com o diagnóstico de que o risco inflacionário fica para trás. Ele voltou a referir que questiona o aumento dos fretes marítimos e o juros de produção para o mundo. “Outro problema do lado da oferta é o El Niño mais severo. Isso significa chuvas mais severas no Brasil e problemas com algumas culturas importantes para o dia a dia brasiliano, uma vez que o arroz e o feijoeiro”, citou, lembrando que esses itens batem direto na cesta do IPCA.

Um terceiro fator, dessa vez do lado da demanda, é que para uma inflação dominada, é preciso um mercado de trabalho mais equilibrado. Ele lembrou que nos indicadores de setembro para cá há uma certa influência da inflação ligada aos últimos. “Aumentar os salários, aumentar o poder de compra, mas aumentar a produtividade na mesma proporção.” Quando isso desequilibra, às vezes há inflação no pequeno prazo”, explicou.

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“Cabo de guerra”

Megale definindo uma situação uma vez que um “cabo de guerra”, com fatores pressionando a inflação para cima e para ordinário, mas há uma projeção de que a meta ficará tenso. Nas suas contas, colocando os fatores informados o economistas alertaram que o primeiro trimestre de 2024 deve fechar com uma inflação de 1,5%, ou seja, a metade da meta que o BC persegue para o ano.

“O BC vai continuar cortando os juros, mas vai manter a cautela. Não tem zero pior do que trespassar cortando muito rápido e depois ter de voltar detrás

Ele também alertou sobre a política expansionista no campo fiscal, que vem crescendo desde 2022 e com previsão de um pouco perto de 10% sobre a inflação neste ano. “Tem um patcho de inflação ainda de demanda que é muito revérbero da política fiscal estimulando a economia a continuar crescendo.”

A XP está com uma previsão de inflação de 3,7% em 2023 e de 4,0% em 2024, ambas dentro do pausa de tolerância da meta de inflação.

Para os juros, Megale disse não ver o BC acelerando o ritmo de cortes, que deve permanecer nos atuis 0,50 pp até que a Selic atinja 9% e permaneça nesse padrão por um bom tempo.

Para a mudança, a previsão é de um fluxo positivo para o Brasil, com a manutenção de bons números para a balança mercantil e a perpetuidade da atração de investimentos internacionais pelo bom posicionamento do Brasil em temas voltados para virilidade limpa. Com isso, a taxa de câmbio deve permanecer em R$ 4,70 neste ano, até com a possibilidade de permanecer ordinário disso se o cenário geopolítico ajudar.

Investimentos

Esse cenário traçado por Megale tende a manter a renda variável uma vez que uma boa opção de investimentos em 2024, mormente os papéis de empresas maiores, que tendem a se beneficiar desse ciclo mais longo. Para o Ibovespa, a projeção da XP é de chegar a 145 milénio pontos neste ano.

Megale sugeriu um pouco de zelo com as commodities e com a eleição americana, uma vez que o ano promete muita volatilidade, “uma serra russa”, mormente no segundo semestre.

Para a renda fixa, ele prevê que os títulos pós-fixados tendem a perder atratividade ao longo do tempo, uma vez que eles dependem de quanto o mercado está acreditando que vai a queda na taxa de juros, hoje entre 9% e 10% . Tudo isso vai depender dos sinais sobre o saldo fiscal no ano.

Megale também disse gostar de títulos atrelados à inflação, não por confiar que ela vai açodar muito, mas porque se configura numa boa proteção ao longo do tempo. Há também boas possibilidades de títulos de dívida privada, mas uma vez que cuidar da estudo de critérios de desempenho da empresa, detalhes de emissões e emissores?



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