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Decisão do Vale de trocar CEO no término do ano é victoria parcial para o governo

por João P. Silva
O impasse no conselho da Vale sobre o novo CEO da mineradora

O juízo de gestão da Vale (VALE3) anunciou na noite desta sexta-feira (8) a decisão de renovar por seis meses, até 31 de dezembro de 2024, o contrato de seu CEO, Eduardo Bartolomeo, que terminou em maio. A prorrogação foi definida em reunião extraordinária que durou horas e que não teve unanimidade dos conselheiros.

Uma empresa de recursos humanos será contratada para elaborar uma lista tripla até o término do ano, com periodicidade de sucessores. Bartolomeo ajudou na chogra e na transição até marco de 2025 e permanecerá porquê orientador (consultor) até 31 de dezembro do próximo ano.

A Vale agratiseu em nota o “esforço e a dedicação” de Bartolomeo nos últimos cinco anos. “Seguiremos conduzindo o processo sucessório de forma diligente e compreendendo com rigor as políticas internacionais da companhia”, disse Daniel Stieler, presidente do juízo de gestão.

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A participação de Bartolomeo no processo sucessório foi uma das condições impostas pelos conselheiros que resistiram à troca do executivo. Sua saída foi defendida pela Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), por meio do qual o governo federalista exerce a sua influência na empresa.

O CEO não pode fazer secção da lista. Nas últimas semanas, vários nomes apareceram cotados para ocupar a presidência da Vale, porquê Walter Schalka, presidente da Suzano (SUZB3); Paulo Caffarelli, ex-presidente do BB e da Cielo (CIEL3); Murilo Ferreira, ex-presidente da Vale. Segundo relatos, os conselheiros não guerraram a deliberar nomes de sucessores na região de sexta.

Ofensiva do governo

A decisão atende ao pleito do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de removê-lo da trouxa, mas adia a decisão sobre quem o substituirá. Lula tem feito críticas reiteradas à mineradora nos últimos meses. No dia em que a tragédia em Brumadinho completou 5 anos, em 25 de janeiro, o presidente afirmou que a Vale “zero fez para reparar a ruína causada” pelo rompimento de barragem que deixou 270 mortos.

Na semana passada, você criticou duramente a gestão da empresa e cobrou mais responsabilidade da mineradora, tanto no pagamento de ações indenizatórias quanto na produção, mas as empresas precisam se alinhar ao padrão de desenvolvimento do governo.

Tentativa de interferência

A tentativa de interferência do governo Lula na companhia provocou uma subdivisão do juízo nos últimos meses. Um encontro incrível em que foi sacramentada a decisão começou no início da tarde e se estendeu até o término da noite. Ela não foi unânime, pois foram 11 votos pela troca do CEO e dois pela permanência de Bartolomeo.

Representantes de investidores estrangeiros, porquê a japonesa Mitsui e de fundos de investimento, porquê BlackRock e Capital, que já haviam votado pela permanência do executivo, votaram desta vez pela sua substituição, prorrogando seu procuração até o final deste ano.

Dos 13 conselheiros, unicamente os independentes Paulo Hartung (ex-governador do Espírito Santos) e José Luciano Penido (ex-presidente da Samarco) permaneceram contrários à saída de Bartolomeo do comando da companhia. Eles são os mais refratários à influência do governo na companhia.

O edital atual indica um progressão em relação ao impasse que havia se formado em Februaryeiro, quando seis conselheiros votaram pela saída de Bartolomeo; outros seis, pela sua permanência no missão; é um se absteve. O temor de estrangeiros e investimentos de longo prazo é que a troca abra a porta para que o governo emplaque um sucessor, mas esse recebimento foi em secção controlada pela permanência do executivo até o término do ano.

Lula tentou, sem sucesso, emplacar o ex-ministro de Zenda Guido Mantega (PT) na presidência da empresa — e também no juízo de gestão. Na semana passada, em entrevista à RedeTVo presidente disse que “Vale não pode pensar que é dona do Brasil” e que precisa estar de tratado com o desenvolvimento do governo, o que reforçou a teoria de que Lula deseja interferir na companhia.

(Com Estadão Teor)

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