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Depois recorde da balança em 2023, superávit pode tombar oriente ano, aponta Icomex, da FGV

por João P. Silva
Após recorde da balança em 2023, superávit pode cair este ano, aponta Icomex, da FGV

A balança mercantil fechou o ano de 2023 com um superávit de US$ 98,8 bilhões, o segundo recorde seguido, puxado pelas vendas de soja, petróleo e minério de ferro. Para oriente ano, porém, há incertezas em relação ao propagação da China e da Argentina, grandes parceiros do Brasil, segundo o relatório do Indicador de Transacção Exterior (Icomex), divulgado pela Instalação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira (230.

“Não há consenso de qual será o propagação da China: o governo do país estima em 5,2%, mas os analistas de mercado e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimam alguma coisa entre 4% e 4,5%”, pondera a FGV no relatório.

O documento, porém, aponta que a desaceleração não deve ter um potente impacto negativo nas exportações brasileiras, porque os produtos demandados pela China estão associados a requisitos alimentares e de vontade. “A incerteza pode ser o minério de ferro, que depende dos investimentos em infraestrutura”, detalha o texto.

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No caso dos Estados Unidos, se o ritmo de propagação do país desacelerar, o mais provável é que haja uma queda na demanda por produtos brasileiros, diz a FGV. Na Argentina, não há sinais de recuperação no próximo ano, o que também diminui a chance de um novo recorde no superávit mercantil brasílico.

Importações

“Do lado das importações, apesar da previsão de menor propagação do resultado brasílico para 2024, é esperada uma pequena melhora no desempenho da indústria de transformação, o que elevaria as importações.

No caso dos preços, as incertezas dominam em relação ao petróleo e as tensões geopolíticas e, no caso de produtos agropecuários, aos efeitos climáticos”, acrescenta o relatório.

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A expectativa da secretaria de Transacção Exterior é de um saldo positivo ainda ressaltado para a balança mercantil em 2024, de US$ 94,4 bilhões. O Boletim Focus mais recente, porém, aponta que o mercado está mais pessimista que o governo, prevendo superávit de US$ 76,9 bilhões.

Em 2023, o valor exportado pelo Brasil foi de US$ 339,7 bilhões, um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior, e as importações registraram o valor de US$ 240,8 bilhões, um recuo de 11,7% na mesma confrontação.

Em 2022, as variações em valor dos fluxos de negócio foram lideradas pelos preços, 13,7% para exportações e 21% para as importações, e o volume cresceu a taxas inferiores à dos preços. Em 2023, os preços caem para os dois fluxos de negócio e para o volume importado (-2,2%). O único resultado positivo foi para o volume exportado, 8,7%.

As exportações de commodities explicam mais de 50% das exportações brasileiras desde 2009, quando o porcentual foi de 53%. Em 2022, a participação foi de 68% e, em 2023 aumentou ligeiramente para 69%. A variação no volume exportado das commodities foi de 14,2% e das não commodities de -1,9% entre 2022 e 2023.

Commodities

Segundo a FGV, “observa-se que o volume exportado das commodities mostra uma tendência ascendente e a variação anual de 14,2% foi a maior da série, desde 2008. Antes, a maior variação havia sido de 13,5%, entre 2014 e 2015”.

Os preços registram um comportamento cíclico. A maior variação ocorreu em 2010, de 31,3%, acompanhada de uma variação no volume de 7,5%. Em 2023, a liderança no volume (14,2%) foi acompanhada pela queda de preços em 9,3%.

O comportamento de queda de 9,6% nos preços importados e no volume importado (2,2%) entre 2022 e 2023 se repetiu para as commodities e não commodities. Ressalta-se, porém, que o recuo no preço das commodities em 17,3% superou o das não commodities, 8,6%. Em termos de volume, a diferença na queda foi menor: commodities recuaram 3,5% e não commodities, 2,0%. A queda nos preços importados reverteu a pressão inflacionária observada em 2022.

Uma vez que o recuo nos preços importados (-9,6%) superou o das exportações (-6,4%), os termos de troca aumentaram 3,6% entre 2022 e 2023, revertendo a queda de 2022. Na série histórica desde 2008, o maior índice dos termos de troca foi o de 2011, 121,5, quando os preços exportados subiram 23,2% e os importados em 14,5% entre 2010 e 2011. Em relação ao índice de 2011, os termos de troca de 2023 caíram 7,2%.



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