O quadro inflacionário do Brasil mostra sinais de estabilização, mas ainda apresenta desafios significativos avante, de concórdia com economistas do Santander (SANB11).
De concórdia com o relatório Proposições Macro do Santander Brasil para 2024, a inflação, medida pelo IPCA, deve manter uma tendência de desaceleração no percurso de 2024, embora não deva atingir a meta do governo, de 3%.
A projeção, de 3,9% em dezembro de 2024, indica um término de um ciclo de subtracção da inflação, evidenciando um repto para o Banco Medial no controle inflacionário no ano.
O banco cita que um dos obstáculos pode estar na novidade regra de reajuste real para o salário mínimo. “Ela pode adoçar uma desaceleração mais possante da inflação no setor de serviços”, diz.
Inflação arrefece no mundo e abre espaço para galanteio de juros
Os economistas do Santander projetam cortes nas taxas de juros das principais economias do mundo ao longo do ano, uma vez que na zona do Euro, no Japão e nos EUA.
No caso dos americanos, a expectativa é de que o Federalista Reserve inicie os cortes no termo do primeiro semestre, mesmo com um consumo resiliente, fruto de uma poupança herdada da pandemia.
Entre os riscos, o banco cita uma atividade ainda mais resiliente nos países, impactando na inflação e, consequentemente, na taxa de juros.
Commodities: Preços devem resfriar, segundo banco
A política monetária ainda restritiva em diversos países deve refletir uma desaceleração da atividade econômica e queda na demanda por commodities, afirmam os economistas do banco.
Para os preços agrícolas, a perspectiva é de um recuo, refletindo o aumento da dimensão plantada e do esgotamento do El Niño.
No entanto, no setor de virilidade, a previsão é de subida em uma commodity importante para a inflação no Brasil: o petróleo.
O Santander estima o preço do barril a US$ 95 no termo do ano. Atualmente, o barril do Brent está cotado a US$ 80. “A produção dos EUA atingiu um sumo histórico e permanecem dúvidas sobre os cortes voluntários da Opep”, diz o relatório.