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descubra agora qual é a origem dessa frase

por Marcos Monteiro
descubra agora qual é a origem dessa expressão

A Língua Portuguesa é enxurro de expressões que dizem muito sobre nossa cultura, mas, muitas vezes, não conhecemos ou paramos para pensar sobre seu real significado e origem.

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Um exemplo disso é o termo “caiu a ficha”, que é muito utilizado no nosso dia a dia, mas muitas pessoas não fazem teoria de uma vez que surgiu, principalmente os mais novos.

Geralmente, a frase é empregada quando a pessoa entende, finalmente, que um pouco aconteceu. O termo costuma ser usado em contextos nos quais se vagar a processar um ocorrido, seja ele positivo, uma vez que uma conquista, ou negativo, uma vez que uma notícia ruim.

Apesar de, atualmente, o vocábulo ser usado nessas situações, nem sempre foi assim, e ele tem uma origem que é geral para quem fazia ligações por orelhões.

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O que os orelhões têm a ver com a frase? Descubra a seguir a origem de “caiu a ficha”.

Qual é a origem de “caiu a ficha”?

Se você faz secção do grupo que fez muitas ligações com os orelhões na dez de 1990, com certeza vai entender facilmente a origem da frase.

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Caso seja mais novo e nunca tenha usado o orelhão, fique tranquilo(a), vamos te explicar tudo.

Hoje em dia, conseguimos fazer chamadas com um clique e de qualquer lugar, graças aos avanços tecnológicos e ao surgimento dos smartphones.

No entanto, nem sempre foi assim. Houve um tempo em que as ligações eram feitas por meio dos orelhões, aparelhos telefônicos de uso público que ficavam espalhados pelas ruas das cidades.

As chamadas eram pagas e, em 1970, um pouco mudou: a empresa telefônica Telebrás decidiu substituir as moedas que eram usadas para fazer o pagamento por fichas.

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Dessa forma, as ligações começavam quando a ficha caía, liberando o contato por um tempo determinado. Resumidamente, o processo acontecia da seguinte forma:

  • O usuário se dirigia ao telefone e precisava tirar o gancho;
  • Em seguida, precisava inserir a ficha para principiar a relação;
  • Também era preciso discar o número do contato que desejava acionar;
  • Por término, quando a relação fosse atendida pela pessoa do outro lado da risco, a ficha caía e começava-se a contabilizar o tempo determinado para a realização da chamada.

Quando o período estava acabando, o telefone sinalizava que era necessário inserir outra ficha para que permanecesse na chamada.

Entendendo a relação

Mas, por fim, o que o orelhão tem a ver com a frase? Precisamos entender o sentido translato de “desabar a ficha”, que no caso do aparelho telefônico, significava que a conexão foi estabelecida, a relação começou.

Portanto, podemos traçar um paralelo com essa teoria de que a frase também traz uma noção semelhante com a do estabelecimento de uma “conexão”.

Isso porque ela quer expressar que alguém “caiu em si”, finalmente entendeu um pouco, processou o que estava demorando.

Houve uma súbita mudança na percepção que fez com que a pessoa compreendesse a situação em questão, uma vez que a ficha que, subitamente, caía e estabelecia uma conexão, quando o sujeito do outro lado da risco tirava o telefone do gancho e atendia.

Um tempo depois, o método de pagamento com as fichas também foi substituído, mas dessa vez pelos cartões telefônicos.

Os orelhões eram muito usados por pessoas que não tinham telefone fixo em vivenda, na quadra em que não eram tão comuns assim.

Posteriormente, eles também passaram a ser usados por aqueles que não tinham celulares e precisavam se enviar fora de vivenda.

Essa verdade pode parecer muito distante para as novas gerações que sempre tiveram contato com os smartphones, mas faz secção da nossa história e evolução tecnológica, influenciando, inclusive, nosso vocabulário.



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