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Dólar chega a R$ 5,50 e patamar deve se sustentar na semana

por Abel Ferreira
Dólar chega a R$ 5,50 e patamar deve se sustentar na semana

O dólar bateu mais de R$ 5,50 nesta quarta-feira (26), o maior resultado para o ano, e deve manter a valorização com relação ao real no restante da semana. Enquanto isso, o Ibovespa opera perto do zero a zero.

“A subida (do dólar) está relacionada principalmente ao vencimento do contrato atual, com o último dia de negociação na sexta-feira”, explica Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

Aliás, o crítico aponta que a pressão sobre o câmbio também é resultante do aumento da demanda por segmento do investidor estrangeiro, “que logo no primórdio do mês montou uma posição comprada elevada no dólar horizonte”, analisa.

“A ponta comprada pelo relatório de contratos em ingénuo da B3 até ontem aponta que o investidor estrangeiro mantém a ponta compradora com 810 milénio contratos de dólar horizonte. Essa posição dá a entender que ele deve tutelar o dólar horizonte nos patamares atuais”, acrescenta Fernandes.

Pressão sobre o câmbio deve se estender até sexta

Assim, boa segmento dos contratos devem ser liquidados até sexta-feira (28). “Portanto, até sexta, a pressão compradora deve continuar no dólar para tutelar ele nesses patamares, para que a PTAX do mês fique próxima dos R$ 5,45 a R$ 5,50”, arremata o crítico da A7.

Questão fiscal

Aliás, o mercado repercute entrevista do presidente Lula ao portal Uol, com o mandatário repetindo o exposição de não trinchar gastos que envolvam cortes de benefícios da população. “Isso acabou também provocando uma subida nas taxas de juros futuros”, diz Fernandes.

Inflação

A inflação também avança com a pressão sobre o dólar e “começa a permanecer preocupante”, diz o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, depois da divulgação do IPCA-15.

Nesse sentido, o “câmbio pressionado é inflacionário, aumento de preço de tudo que é transacionável, inclusive de vitualhas”, complementa Gala.  

Dólar no exterior também dispara

Aliás, o DXY – índice do dólar em relação a outras moedas importantes – continua ganhando força. Assim, o dólar se valoriza também em relação às moedas de economias desenvolvidas.

Assim, o DXY estava, há dois ou três anos, na moradia dos 90 pontos, hoje está em 106 pontos. Dito isso, a valorização é de quase 15% do dólar em relação a todas as principais moedas do mundo.

Nesse sentido, os emergentes sofrem ainda mais, com transmigração de capital de mercados mais arriscados para economias sólidas.

“Há um efeito brutal na desvalorização dos emergentes. Assim, o Brasil sofre com as incertezas fiscais e com relação às incertezas sobre o que o Banco Medial vai fazer (com os juros). Todavia, a ata do Copom de ontem foi tranquilizadora, em alguma medida”, complementa Gala.



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