SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista fechou na quarta-feira pós-Carnaval no Brasil em nível cumeeira, ajustando-se ao progresso firme da moeda norte-americana no exterior na vespera, na esteira da divulgação de uma inflação mais elevada que o esperado nos EUA.
Na sessão curta, que começou às 13h por ocasião da Quarta Feira das Cinzas, o último dólar foi cotado a 4,9727 reais, subida de 0,27%. Em fevereiro, acumulou subida de 0,69%.
Na B3, às 17h11 (de Brasília), o contrato de dólar porvir de primeira vencimento subia 0,40%, a 4,9805 reais.
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Na terça-feira, com os mercados fechados no Brasil, o dólar teve subida firme na presença de uma cesta de moedas fortes e na presença de divisas de emergências e exportadores de commodities no exterior. O movimento foi uma consequência do índice de preços ao consumidor (IPC, na {sigla} em inglês) dos EUA em janeiro, que subiu 3,1% na base anual, supra dos 2,9% esperados pelos economistas do mercado.
A leitura foi de que, com a inflação ainda acelerada, o Federalista Reserve começará a trinchar juros exclusivamente em junho — e não em maio, uma vez que foi enviado precificado na semana passada, ou em março, uma vez que se projetava no termo de 2023 .
Na manhã desta quarta-feira, o dólar perdeu um pouco de força no exterior na presença de outras moedas, mas ainda assim a lema dos EUA abriu uma sessão no Brasil, à tarde, ajustando-se em subida na presença de o real.
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“Era de se esperar uma introdução em subida, depois que o índice (dólar) subiu nestes dois dias (segunda e terça) murado de 0,7%”, apontou Matheus Massote, técnico de câmbio da One Investimentos.
“Hoje (quarto-feira), embora estejamos olhando para o índice perdendo um pouco de valor, no termo das contas o que dita o preço da mudança no Brasil é a inflação americana”, acrescentou.
Neste cenário, a queda do índice do dólar — que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis divisas fortes — nesta quarta-feira impediu exclusivamente em segmento o ajuste de subida da lema dos EUA no Brasil, motivado pelo CPI.
Numa sessão com horário restrito e liquidez baixa, o dólar à vista oscilou entre a cotação máxima de 4,9712 reais (+0,24%) às 13h26 e a mínima de 4,9500 reais (-0,19%). Depois disso, a separação retornou ao território positivo.
Às 17h11 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o pequeno da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,14%, para 104.710.