As exportações da China cresceram em um ritmo mais rápido em dezembro, ao passo que as pressões deflacionárias persistiram no mês pretérito, mantendo vivas as expectativas de mais medidas de atraso monetário para sustentar uma economia que carrega marcas significativas de fraqueza para 2024.
As autoridades de política monetária chinesas poderiam respirar aliviados com os sinais de que o transacção global está lentamente melhorando, com a perspectiva de custos de empréstimos mais baixos no horizonte. Mas uma crise imobiliária prolongada, consumidores cautelosos e desafios geopolíticos apontam para outro ano turbulento para a segunda maior economia do mundo.
As exportações cresceram em dezembro 2,3% em relação ao ano anterior, mostraram dados alfandegários nesta sexta-feira, em conferência com um aumento de 0,5% em novembro e superando a subida de 1,7% esperada em uma pesquisa da Reuters.
As importações tiveram subida de 0,2% em relação ao ano anterior, aquém da previsão de um aumento de 0,3%, mas ainda revertendo a queda de 0,6% no mês anterior.
“Os dados melhores de exportação são impulsionados principalmente por semicondutores e eletrônicos, e a recuperação desse lado vem de uma retomada cíclica da demanda do consumidor no exterior”, disse Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit.
No ano pretérito, as exportações da China caíram pela primeira vez desde 2016.
Mas os preços ao consumidor na China caíram pelo terceiro mês em dezembro, enquanto os preços de fábrica ampliaram o declínio de mais de um ano, mostraram dados separados da Escritório Pátrio de Estatísticas, destacando a persistência de forças deflacionárias na economia do gigante asiático.
O índice de preços ao consumidor aumentou 0,2% em 2023, o ritmo mais lento desde 2009, e o índice de preços ao produtor do ano inteiro caiu 3,0%, marcando a queda mais acentuada desde 2015.
“A pressão deflacionária na economia chinesa continua, pois a demanda interna ainda é fraca. O setor imobiliário continua a tarar sobre a economia”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.
Analistas esperam mais medidas de esteio no pequeno prazo para estimular a demanda.
“É provável que o consumo aumente no Ano Novo Lunar, mas é necessário mais incentivo para impulsionar os gastos das famílias e expulsar a pressão deflacionária”, disseram analistas do UBS em nota.