Mais uma vez, chegou a hora de a onça ingerir chuva no mercado financeiro. A estrela do calendário econômico de 29 de abril a 3 de maio é a novidade decisão de juros nos Estados Unidos.
Pelo consenso dos agentes, Jerome Powell e seus colegas do Fed (Federalista Reserve, o Banco Mediano americano) vão manter as taxas no pausa de 5,25% a 5,50% pela sexta reunião seguida.
Portanto, todas as atenções estarão no tom do transmitido do encontro e dos recados de Powell.
Em suma, nas sinalizações de quando o Fed estará finalmente positivo para iniciar a flexibilizar a política monetária.
Mas por que não teremos Super Quarta agora? Em razão do feriado de 1 de maio, a definição da taxa Selic pelo Copom vai permanecer para a semana seguinte.
Fed dependente de dados
Portanto, reiterando a projeção da buraco do calendário econômico, é completamente improvável que o Fed anuncie a queda dos juros na quarta (1). A posição majoritária para o início do ciclo de cortes atualmente está em setembro.
Nesse sentido, diante dos dados da semana passada da economia americana, houve uma adaptação do pessimismo. Pelo menos por enquanto.
E quais foram os indicadores? O propagação do PIB no 1º trimestre foi de 1,6% contra expectativas de 2,5%.
Enquanto o índice de preços de despesas com consumo (PCE), a inflação preferida pelo BC estadunidense, avançou 0,32% em março, em traço com as estimativas.
Para o Bradesco, mesmo com um visível refrigério, a lance econômica dos Estados Unidos sugere uma postergação dos cortes de juros pelo Fed.
“Na nossa avaliação, essa combinação de resultados traz dois sinais importantes: o primeiro é o de que a política monetária está surtindo efeito, já que tem induzido alguma desaceleração no ritmo de propagação.”
“O segundo é que esse processo ainda é bastante gradual, o que retira urgência para que o Fed inicie o processo de flexibilização monetária.”
Tarefa no Brasil
Na sequência do calendário econômico, o fechamento de mês tradicionalmente é marcado pela divulgação de dados do mercado de trabalho cá no país.
Portanto, teremos na terça (30) a PNAD Contínua, com a taxa solene de desemprego em março, e o Caged, com o número de vagas abertas com carteira assinada no mesmo mês.
Ou por outra, já na passagem para maio, a produção industrial de março será informada na sexta (3).
“Esse conjunto de dados trará mais transparência sobre a evolução da atividade econômica doméstica no 1º trimestre de 2024”, aponta o Bradesco.
Ainda falando em ocupação, também será divulgado na sexta o payroll de abril, o relatório que é fundamental para calcular a lance do mercado de trabalho americano.
Por último, na temporada de balanços, dois dos maiores bancos brasileiros serão os destaques. O Santander (SANB11) reporta os números na terça. Já o Bradesco (BBDC4) revela o desempenho na quinta (2).
Entre as companhias estrangeiras, a agenda ainda tem Amazon (AMZO34), Apple (AAPL34), Novo Nordisk (N1VO34), trabalhador do medicamento Ozempic, e Berkshire Hathaway (BERK34), de Warren Buffett.
Calendário econômico – 29 de abril a 3 de maio
Segunda (29)
08h00: IGP-M/Inflação do aluguel de abril (Ibre-FGV)
Balanços: Transmissão Paulista (TRPL4)
Terça (30)
08h25: Boletim Focus (Banco Mediano)
09h00: PNAD Contínua/Taxa de desemprego de março (IBGE)
Sem horário: Caged/Empregos com carteira assinada de março (Ministério do Trabalho)
Balanços: Santander Brasil (SANB11) e Amazon (AMZO34)
Quarta (1)
Feriado no Brasil: Dia do Trabalhador
15h00: Decisão de política monetária do Fed (Federalista Reserve, o Banco Mediano dos Estados Unidos)
15h30: Coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed
Quinta (2)
10h00: Índice PMI da indústria de transformação de abril (S&P Global)
Balanços: Bradesco (BBDC4), WEG (WEG3), Iguatemi (IGTI11), Gerdau (GGBR4), Eztec (EZTC3), Apple (AAPL34) e Novo Nordisk (N1VO34)
Sexta (3)
09h00: Produção industrial de março (IBGE)
09h30: Payroll/Taxa de desemprego de abril nos Estados Unidos
Balanços: Berkshire Hathaway (BERK34)
