O FII Hectare CE (HCTR11) vai remunerar, na próxima quarta-feira (15), rendimentos equivalentes a R$ 0,38 por quota aos seus mais de 178 milénio investidos, sustentando uma aparente recuperação na distribuição de dividendos da carteira.
Para quem comprou o papel no último mês, o valor representa um rendimento de dividendos (taxa de retorno com dividendos) de 1,18%, mas para os cotistas mais antigos o percentual ainda está longe de ser satisfatório.
Classificado porquê elevado rendimento – de maior risco –, o HCTR11 é um fundo de “papel”, ou seja, investe predominantemente em certificados de recebíveis imobiliários (CRI). Em 2023, o fundo sofreu com uma inadimplência em série de papéis, dividendos prejudiciais e perda de valor na Bolsa.
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No final de maio de 2023 para cá, a cotação do Hectare caiu da mansão dos R$ 65 para os atuais R$ 32 – aproximadamente metade do valor. Em períodos de inflação poderoso – que corrige segmento dos CRIs –, a carteira passou a repartir dividendos de R$ 2,51 por ação, porquê em dezembro de 2020.
Atualmente, a gestão do HCTR11 afirma que já renegociou todos os CRIs inadimplentes e desde setembro do ano pretérito – quando depositou R$ 0,17 por quota – tem apresentado uma tendência de subida nas distribuições, porquê mostra a página do fundo no InfoMoney.
Em relatório divulgado no mês pretérito, o HCTR11 explica que algumas distribuições foram influenciadas por recursos extraordinários, porquê em abril, quando o fundo recebeu pré-pagamento do CRI Gramado DilIy.
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Investidores desconfiados
O recente histórico de dividendos do HCTR11 e a estabilização da quota de fundos não foram suficientes para reduzir a suspeição de segmento dos investidos, que há um mês se organizam em aplicações de mensagens e defendem a troca da Hectare, atual gestora do fundo.
De forma universal, investidos com pelo menos 5% das cotas podem convocar uma reunião universal extraordinária (AGE), que analisaria a mundega. Atualmente, o grupo diz simbolizar 3% das cotas do HCTR11, percentual suficiente para incluir a tarifa em uma AGE já convocada, diz Dalmo Bezerra, legista e um dos representantes dos cotistas insatisfeitos.
Segundo ele, o grupo reclama de falta de transparência com reparências gerenciais, detença na divulgação de resultados, falhas na notícia do setor de relações com investimentos e, principalmente, um provável conflito de interesses.
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“Percebemos que um hectare comune a pegar o verba dos cotistas e emprestar, por meio de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), para empresas que posteriormenteem se tornassem sociedades da gestora”, explica o legista. “Isso coloca o fundo na posição de credor e devedor, o que nos incomodala profundamente”, diz ele, citando o exemplo de operação porquê Giro de Compras e Parques de Gramado.
Ó InfoMoney entrei em contato com a Hectare e a Vórtx, administradora do HCTR11, mas as empresas preteraram não se manifestaram sobre o tema.
Movimento inédito no segmento
A convocação de uma AGE a pedido de investidores não chega a ser uma novidade no mercado de fundos imobiliários. Mas uma solicitação feita por pequenos cotistas seria inédita, lembra Nathan Octavio, o Nod, instituidor do via ClickInvest e profissional em FIIs.
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“É um evento tão único que está tendo dificuldade em operar (uma organização dos cotistas interessantes na iniciativa)”, observa. “Se esse grupo tiver sucesso e outros movimentos semelhantes combresarem a surgir, a CVM (Percentagem de Valores Mobiliários) puergo rever os processos de convocação de assembleias”, prevê.
