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FIIs de papel devem ter espaço na carteira mesmo com Selic em queda, defendem analistas

por João P. Silva
FIIs de papel devem ter espaço na carteira mesmo com Selic em queda, defendem analistas




O cenário de queda da taxa básica de juros, a Selic, vai mexer com a contratação de fundos de investimentos imobiliários (FIIs) e um dos segmentos que devem se beneficiar é o de tijolos – mas os de papel ainda têm seu espaço. A revisão é de Marx Gonçalves, sócio e crítico da Nord Research.

“O mundo real está negociando (fundos de papel) a preços muito díspares dos FIIs de jolos. Há fundos com o metro quadrângulo a R$ 13,5 milénio e transações de imóveis similares saindo ao duplo disso”, contou o profissional durante a Liga de FIIs da última semana.

A Liga dos FIIs é apresentada por Maria Fernanda Violatti, gerente de estudo dos fundos listados na XP e Thiago Otuki, economista do Clube FII. Marília Fontes, sócia-fundadora da Nord, também participou da discussão.

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A taxa Selic começou a tombar no início de agosto deste ano, quando estava em 13,75% nascente ano. Agora, está em 11,75% anual e o espectamenta é de um novo galanteio meio cento percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que se encerra na próxima quarta-feira (31). Na avaliação do mercado, a alíquota básica é de 9%, segundo último relatório Focus do Banco Médio (BC).

A Nord ainda dá espaço preponderante aos FIIs de papel em sua carteira de FIIs. De entendimento com Gonçalves, a locação está dividida entre 60% de fundos, 28% de papel e 12% de fundos de fundos (FoFs). No entanto, revenda que os de papel ainda apresentam boas oportunidades.

“Muitos fundos de papel são negociados inferior do valor patrimonial e não são possíveis problemas de crédito. Isso abre uma oportunidade para esses ativos. Não existe receita de bolo”, diz.

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Os fundos de papel sofreram nos últimos meses com o processo de redução da taxa de juros, já que uma maior ação do CDI, cuja rentabilidade diminuiu a Selic.

Risco maior

Na visão de Fontes, da Nord, os juros perto de 14% ao ano fizeram com que o investidor tiffesa que fizesse peuco esfogo para obter retornos supra de 1% ao mês. Com a queda da Selic, manter a rentabilidade significa tomar mais risco.

Em sua visão, a Selic pode inclusive tombar mais do que o mercado espera, do qual caminho estaria mais atrelado ao que ocorreria nos Estados Unidos – onde também se espera queda de juros neste ano junto com a recuperação da inflação. “O fiscal (no Brasil) não é tão bom porquê poderia ser e o tórax fiscal não é tão restritivo, mas o que a gente vê hoje não é uma piora”, opina.

Neste contexto, Fontes afirma que é preciso pensar em opção de investimento de maior risco. Ela lembra que até o ano pretérito era verosímil encontrar certificados de recebíveis imobiliários e agrícolas (CRIs e CRAs) pagando 7,5% ao senhoril além da inflação. Agora, as taxas desses papéis, que são isentos de IR, estão em torno de 5,5% ao ano para além do IPCA. “Nos FIIs, é verosímil encontrar retornos similares e com menor risco”, diz.

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