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impostos disparam e IPCA+ atingem maior renda real em mais de um ano

por João P. Silva
impostos disparam e IPCA+ atingem maior juro real em mais de um ano




As taxas dos títulos públicos atrelados à inflação e prefixados operam em poderoso subida nesta quinta-feira (9). Os investidores repercutem uma decisão tomada ontem pelo Comitê de Política Monetária do Banco Médio.

O que chamou a atenção do mercado foi a repartição na votação. Os diretores indicados recentemente pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) pediram redução maior, de 0,5 ponto percentual, na Selic.

Para especialistas, a divergência da renque mostra que a política monetária pode ser mais frouxa a partir de 2025, quando Roberto Campos Neto não será mais presidente da autonomia. A preocupação de quem precifica os juros hoje é com o controle da inflação.

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Em entrevista que InfoMoneyCaio Schettino, dirigente de alocações da Criteria, adiantou que a expectativa era de decisão dividida: “não vejo porquê ruptura, colegiado serve para isto”.

Octavio Gomes, sócio da AVG Capital, explica que o mercado está “precificando o cenário de descontrole fiscal onde os juros longo prazo são aumentados e o Banco Médio fica impedido de trinchar a Selic por conta do risco de desvalorização cambial e de um aumento ainda maior no prêmio de risco nos juros de longo prazo”.

Com a divergência no radar dos investidos, o Tesouro Prefixado 2027, o mais pequeno disponível para compra, pagou 11,02% na primeira atualização do dia, às 9h27, contra taxa de 10,83% na última atualização de ontem.

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Já a taxa do prefixado com vencimento 2031 subia de 11,58% ontem para 11,89% hoje. É a maior rentabilidade que o papel já entregou desde sua estreia, em 5 de fevereiro. O Tesouro Prefixado 2035 entregou rentabilidade anual de 11,85% diante de 11,53% nesta quarta-feira.

Nos títulos atrelados à inflação, destaque para a taxa do papel com vencimento em 2029, que disparou de 6,13% para 6,28%, a maior remuneração desde 6 de fevereiro de 2023.

O Tesouro IPCA+ 2040 também entregou rentabilidade real de 6,28%, a maior desde 21 de março do ano pretérito para o papel. A taxa do Tesouro IPCA+ 2035 subia de 6,19% para 6,33%.

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Confira a rentabilidade dos títulos do tesouro.



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