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Incerteza fiscal: cresce risco de IPCA 2025 superar o de 2024

por João P. Silva
Incerteza fiscal: cresce risco de IPCA 2025 superar o de 2024

A inflação pode não só diminuir menos do que se esperava porquê também voltar a aligeirar na passagem de 2024 para 2025 – nascente último, o ano de maior peso nas decisões de política monetária. Embora ainda longe de ser preponderante, esse risco tem desenvolvido nos cenários de economistas do mercado, devido a uma combinação de fatores: rigidez da inflação de serviços, dólar mais tá por incerteza com os juros dos Estados Unidos e chance de pressão em vitualhas.

Analistas ouvidos pelo Broadcast mencionam os serviços porquê primeiro ponto de preocupação. Na avaliação deles, tudo indica que a inflação deste grupo deve se estabilizar em nível tá, supra de 4% no aglomerado de 12 meses, um ponto porcentual supra do núcleo da meta. Isso embute a urgência de que os outros componentes ficassem inferior de 3% para que a inflação pudesse convergir ao níveo.

Mas atingir essas taxas modestas é uma perspectiva improvável. De um lado, pesa contra esse cenário a expectativa de aumento da inflação de vitualhas no ano que vem, em decorrência de um dólar mais dispendioso e da mudança do ciclo da pecuária, que vem garantindo preços mais baixos de músculos. Do outro, economistas esperam aumento dos preços administrados, sobretudo com eventuais impactos do fenômeno La Niña na virilidade elétrica.

O economista-chefe do PicPay, Marco Caruso, já tem no cenário-base uma aceleração da inflação entre 2024 e 2025, de 3,6% para 4,2% – pouco inferior do teto da meta, de 4,5%. Para ele, o propagação significativo esperado para o PIB nos dois anos – de 2,1% e 2%, respectivamente – sugere pouco espaço para conforto nos serviços, devido à percepção de que o ofício e os reajustes salariais podem continuar em ritmo possante.

Dois outros fatores complementam esse quadro: a percepção de que o governo terá déficits primários recorrentes (isto é, desconsiderando fatores atípicos) em torno de 1% do PIB, o que deve impulsionar o consumo e a própria trajetória de queda da taxa Selic. “Hoje, ainda sofremos segmento da subida dos juros. Quanto mais andarmos no tempo, mais o efeito do lucro mais ordinário vai pegar na economia, o que sugere diminuir a pressão baixista nos itens mais sensíveis a juros”, afirma.

Na mesma risco, o economista da LCA Consultores Fábio Romão diz que a robustez do mercado de trabalho não sinaliza espaço para um conforto da inflação dos serviços que ajude na convergência. Ele espera que o IPCA fique em 3,7% nascente ano e acelere a 3,8% no próximo, considerando uma taxa virtualmente igual, de 4,3%, para o grupo.

“É oriundo, olhando para qualquer índice de preços no mundo, os serviços ficarem um pouco supra do ‘headline’ de inflação, porque eles têm uma particularidade não-comercializável. Mas 4,3% contra um ‘headline’ de 3% começa a ter um diferencial já relevante”, explica o crítico.

Outras pressões

Sem a possibilidade de conforto da inflação de serviços, outros fatores podem puxar a inflação para cima. Romão tem no cenário-base uma aceleração da inflação de vitualhas, de 3,8% para 4,5%, considerando inclusive o impacto mais fraco do que o esperado do El Niño nos preços do grupo nascente ano.

Caruso, do PicPay, dá destaque à expectativa de aceleração dos preços de vitualhas, conduzida basicamente pela desvalorização do real em relação ao dólar e pela viradela do ciclo da pecuária, que deve resultar em preços mais salgados no ano que vem. “O ciclo da pecuária tem ajudado muito o preço de carnes a estar ordinário. Tem-se anémico muita fêmea, o que aumenta a oferta e diminui os preços das proteínas, e esse ciclo começa a virar nascente ano”, explica.

Outro foco de pressão nos cenários fica na virilidade elétrica, que deve ser beneficiada nascente ano pela medida provisória (MP) editada pelo governo para reduzir os preços das contas de luz. A estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo, lembra que esse efeito não vai contribuir com a inflação de 2025, que ainda pode permanecer pressionada com o impacto do efeito climatológico La Niña nos preços do setor.

“Os problemas de chuva e de La Niña são ruins, podem mudar a bandeira e são outra pressão para 2025”, diz a crítico, que tem no cenário IPCA de 3,85% nascente ano e de 3,8% no próximo. “Outrossim, nascente ano é eleitoral e ninguém está aumentando preço de ônibus, mas ano que vem, quando não tem essas amarras, podemos ter uma recomposição desses preços.”

Pela mesma razão, Caruso espera que os preços administrados terminem nascente ano próximos de 3,5% e avancem a um nível mais próximo de 5% em 2025. “Em anos eleitorais, você tende a postergar notícias ruins de reajustes, que tipicamente entram nos administrados. Essa é uma sazonalidade anual dos administrados. E ainda tem essa incerteza, que é a virilidade elétrica”, afirma.

Com informações do Estadão Teor.



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