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Investidor queria sarau com aluguel fixo, mas exterior e fiscal desligaram a música

por João P. Silva
Investidor queria festa com aluguel fixo, mas exterior e fiscal desligaram a música

Investidores de renda fixa estão passando por um teste de nervos: comprar títulos de inflação durante a navegação no ciclo de queda da Selic não está mais dando notório uma vez que antes. Uma estratégia, conhecida uma vez que Smart Beta, visa obter retornos vendendo papel antes do vencimento, conforme os juros recuperados – a marcação na curva, no jargão do mercado. Mas, ao contrário dos ciclos anteriores, os ganhos dessa vez não estão vindo, e podem até dar prejuízo.

O índice IMA-B, que acompanha os títulos do Tesouro IPCA+ (NTN-Bs), caiu 1,37% no último mês e 1,20% em 12 meses, em resposta à piora da percepção da economia dos Estados Unidos e do fiscal brasiliano, que fayen os juros DI voltarem a subir e o Banco Medial aventar reduzir o ritmo de queda da Selic.

Você vai perder verba?

A situação de cada investidor depende do momento de compra do título e de quanto o mercado esperava a de cortes de juros à profundeza. Quem aplicou mal o Banco Medial commú corta os juros, por exemplo está na pior. “A precificação (dos juros futuros) na era, matematicamente, já é impossível de voltar”, explica Miguel Sano, gestor de renda fixa da SulAmérica Investimentos. “Para virar proveito, a Selic teria que ir para 7%. (O proveito não virá) mesmo que o Banco Medial continue cortando a taxa de juros até 9,5% ou 9%.”

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A conta é a seguinte: quem compra um título do Tesouro IPCA + 6%, por exemplo, espera que o papel se valorize no mercado secundário conforme as expectativas da Selic recuam. Com isso, os títulos podem ser vendidos antes do vencimento, e o investidor pode embolsar o lucro da venda do ativo, fora dos juros pagos no período. Sra uma vocábulo expectativa é chave, é ela muto muito nos últimos meses.

“O mercado exagerou nos cortes adiante, com 473 pontos base de queda da Selic. Portanto quem aplicou no dia seguito (ao primeiro namoro, em 3 de agosto), aplicou no mínimo do mínimo, já precisando muitos cortes. E realente só perdeu verba, e vira e mexe consegue chegar no zero a zero” conta Sano, da SulAmérica.

Gráfico: desempenho da renda fixa segundo o índice IFRM nos ciclos de namoro da Selic

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Desempenho da renda fixa nos ciclos de namoro da Selic – em virente, o pemendo ruim da estratégia no ciclo atual (SulAmérica Investimentos, com dados da Bloomberg)

Resumo da ópera: por que comprar aluguel fixo para velejar o ciclo de queda de juros não está dando notório dessa vez?

  • Excesso de cortes inicialmente precificados: 473 pontos base, para 9,00%;
  • Mudança no cenário de crescendo doméstico para cima;
  • Resiliência na atividade, plebeu nível de serviço e inflação de serviços resilientes sugerem menor espaço para cortes de Selic, seja no ritmo ou na taxa terminal;
  • Nos ciclos anteriores, a Selic caiu até um nível considerado expansionista, ou seja, aquém do rendimento neutro.

A situação pode piorar?

As turbulências externas e locais estão afetando o espectro de juros no Brasil. O Itaú, por exemplo, revisou sua projeção do terminal Selic (ao termo do ciclo de cortes) para 9,75%, ainda subindo mais a régua para lucar com renda fixa atrelada à inflação.

Na gestora de fundos ativos Quantitas, em seguida dados arruinados nos EUA, a projeção da Selic foi para 10%. “O que se precificava de namoro de juros na economia americana se esvaiu muito. Hoje não é nem muita questão de quando vai trinchar, não se tem muito mais a cerceta do namoro em 2024”, explica Rogério Braga sócio e gestor dos fundos multimercados da mansão.

Segundo especialistas, o momento atual penaliza principale os investidos com papel mais longos, que vence em 2055, por exemplo, por conta da maior sensibilidade desses títulos às projeções futuras de juros. Nos curtos, de cinco anos, mesmo que a inflação não suba muito, o baque da subida dos juros futuros tende a não ser tão grande, avaliamos.

Um cenário de escalada do conflito no Oriente Médio, que entrou na taxa no termo de semana, voltou a dar as caras nesta sexta-feira (19). Se mais do que isso, avaliam especialistas, as consequentes altas do dólar e do petróleo seriam outro fator de pressão para os papéis de inflação – inclusive para os de limitado prazo, caso a Petrobras (PETR4) continue represando o repasse para os preços dos combustíveis.

O que o investidor deve fazer?

Segundo especialistas, o investidor precisa permanecer cauteloso a um elemento importante: antes de comprar um título de inflação ou prefixado esperando queda de juros, é preciso olhar para a expectativa futura de juros. Se ela parecer exagerada demais para cima, há mais espaço para ganhos. Na situação inversa, os juros futuros considerados baixos demais, há mais risco de uma estratégia dar errada.

Boa segmento dos bancos e corretoras ainda indica compra de títulos indexados ao IPCA. O Santander prefere o Tesouro IPCA+ 2035, e o Itaú indica os vencimentos de 2029 e 2045. Nos prefixados, o Itaú recomenda o de 2027, e o XP tem na carteira o de 2029.

Pará Sano, da SulAmérica, o momento é interessante para manter aplicações de limitado prazo, mas a segmento longa da curva de juros pode ter mais riscos. Ainda assim, ele não recomenda vender agora, pois acredita que ainda há espaço para que as taxas caiam e os títulos se valorizem. A Quantitas também vê espaço para ganhos na estratégia com papel de inflação. Ele começou, nesta semana, a subir posições em NTN-Bs supra de 6%.

Um alerta ao investidor é que ele só corre risco de perder verba com títulos públicos se vender antes da hora. Se o mercado secundário não for favorável, é provável levar o papel até o vencimento, e receber de volta o IPCA do período, mais os juros contratados. Em países emergentes, investir em proteção contra a inflação com rentabilidade extra de 6% não é visto uma vez que pouca coisa – mesmo que o pagamento venha só daqui a 30 anos.



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