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JPMorgan projeta piora da inflação no Brasil

por Abel Ferreira
JPMorgan projeta piora da inflação no Brasil

O JPMorgan revisou suas projeções de inflação no Brasil de 3,7% para 4% neste ano. E de 3,5% para 3,7% em 2025, posteriormente IPCA subir 0,46% em maio, supra das expectativas.

Os novos números parecem mais consistentes com “a combinação de mercado de trabalho apertado, expectativas crescentes de inflação, taxa de câmbio mais depreciada e preços mais elevados dos víveres”, dizem, em relatório, o economista Vinicius Moreira e a economista-chefe para Brasil Cassiana Fernandez.

O cenário do banco para os preços, dizem, tem se fundamentado na teoria de ininterrupção da desinflação do ano pretérito. Impulsionada principalmente pelos bens industriais.

“O IPCA evoluiu favoravelmente nos últimos meses e, apesar de alguns contratempos temporários, o IPCA de maio está, em universal, em risca com as nossas expectativas. Confirma que o IPCA referto converge consistentemente para a meta”, afirmam.

“No entanto, a inflação de serviços subjacentes foi persistentemente mais resiliente do que estimamos para o primeiro semestre deste ano. Principalmente com a secção dos preços dos serviços que é mais intensiva em mão-de-obra subindo supra de 5%”, dizem.

IPCA mais proeminente

O desenvolvimento do trabalho foi “tão poderoso” que a taxa de desemprego continuou caindo para além do primeiro trimestre deste ano. Mantendo o IPCA dos serviços supra da meta, em um momento em que os efeitos secundários da desinflação dos bens também diminuíram, afirmam.

“A esse cenário econômico somaram-se, recentemente, incertezas políticas que aumentaram as expectativas de inflação e a descrédito da taxa de câmbio em relação às nossas previsões. Embora a inflação passada pareça razoavelmente positiva, essa combinação de mercado de trabalho apertado, expectativas crescentes de inflação, uma taxa de câmbio mais depreciada, o aumento nos preços dos produtos alimentícios e o choque de oferta do Rio Grande do Sul são todos desfavoráveis para uma ininterrupção da desinflação significativa”, dizem Moreira e Fernandez.

Segundo eles, os modelos do banco para a inflação de limitado prazo indicam que o efeito cambial e o aumento dos preços locais deverão levar a um IPCA de víveres mais proeminente leste ano. “Obrigando-nos a rever a nossa previsão de inflação para 2024”, afirmam.

Efeito na Selic

O pressuposto de um IPCA mais superior neste ano, continuam, deixa repercussões para 2025 nos mecanismos de indexação. E o aumento das expectativas de inflação deverá contaminar o processo de formação de preços, tudo isso resultando em um estabilidade de inflação mais elevada para o ano que vem.

No entanto, porquê o JPMorgan revisou, recentemente, sua projeção para a Selic em 1 ponto percentual, de 9,5% para 10,5%. Esses dois efeitos altistas para o IPCA de 2025 devem ser, ao menos parcialmente, compensados, dizem os economistas.

“Na nossa opinião, a credibilidade que a política econômica poderá restaurar será fundamental para definir a dinâmica da inflação nos próximos anos”, afirmam.

Com informações do Valor Econômico



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