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Lula tem razão? Às vésperas da decisão do Copom, presidente diz não há motivos para manter a Selic a 10,50%; saiba o que está no radar do BC

por Abel Ferreira
Lula tem razão? Às vésperas da decisão do Copom, presidente diz não há motivos para manter a Selic a 10,50%; saiba o que está no radar do BC

Segundo o presidente Lula, a inflação está controlada e, portanto, não há motivos para não trinchar a Selic, mas exegeta aponta que outros fatores vão influenciar a decisão do Copom (Foto: Brenno Roble)

Às vésperas do Copom, o presidente Lula voltou a criticar o Banco Medial. Em poucos minutos, durante a entrevista à CBN, o gerente de Estado fez declarações bastante duras. 

Segundo o presidente, a única coisa desajustada no país neste momento é o comportamento da mando monetária. Lula ainda disse que Campos Neto tem lado político e parece trabalhar mais para prejudicar do que ajudar o país. 

Esta não é a primeira vez que o presidente critica o Banco Medial. Desde que foi eleito, Lula defende a redução da taxa básica de juros. 

Na entrevista da última terça-feira (18), ele voltou a tocar no objecto e afirmou que a inflação está totalmente controlada  e, portanto, não haveria motivo para manter a Selic em 10,50% ao ano.

Olhando somente para os últimos dados apresentados pelo Índice de Preços ao Consumidor Vasto (IPCA), a inflação tem demonstrado um comportamento controlado. 

Todavia, o Banco Medial deve levar em consideração outros aspectos na sua decisão de hoje. Talvez por esse motivo, o levantamento semanal da Equus Capital aponte que 91,8% dos economistas apostam em uma manutenção do atual patamar de juros. 

Por que o Banco Medial deve manter a Selic em 10,50%? 

Olhando somente para os números apresentados pelo IPCA, a teoria de manter a Selic em 10,50% ao ano parece não fazer sentido. Entretanto, a inflação nos meses passados não é o único fator que o Banco Medial deve considerar na sua decisão desta quarta-feira (19). 

O exegeta da Empiricus Research Matheus Spiess aponta que há outros três fatores no radar da mando monetária.

A política fiscal é o primeiro deles. Na visão do exegeta, o busto proposto pelo governo ficou insustentável. 

A teoria de um ajuste fiscal com base somente no aumento da arrecadação não só gerou insatisfação dos mercados, uma vez que também mostrou uma dificuldade por secção do próprio governo de encontrar novas fontes de arrecadação.

Nesse cenário, o exegeta aponta que o governo precisa escolher entre reduzir gastos ou “desabitar qualquer tentativa de ajuste fiscal”.  

Na entrevista de ontem, Lula mais uma vez se mostrou contra o golpe de gastos. Segundo ele, o problema não são as despesas públicas e sim as isenções e desonerações feitas para os que ele chamou de mais ricos. 

Sem um caminho definido, a incerteza fiscal tende a aumentar, o que pode levar a uma deterioração do Real e dos ativos domésticos. Uma vez que consequência, o Banco Medial pode ultimar adotando uma postura ainda mais cautelosa, aponta o exegeta. 

Outra questão que deve balizar a decisão do Copom é a flexibilização monetária nos Estados Unidos. Na visão de Spiess, além de uma política fiscal congruente, é necessária uma redução de juros nos EUA. 

O exegeta salienta que “uma redução forçada da Selic poderia, paradoxalmente, resultar em taxas ainda mais altas no porvir”. 

Diante do atual patamar dos juros americanos, reduzir a Selic implica uma atratividade ainda menor do mercado interno. Uma vez que consequência, o Real pode perder ainda mais valor, levando a uma expectativa de inflação maior no porvir. 

Esse inclusive é um dos fatores que o Copom deve levar em consideração na reunião desta quarta-feira (19). 

Segundo Matheus Spiess, é importante ter sob controle não só a inflação fluente, uma vez que também a expectativa de inflação

Ao longo dos últimos meses, o Boletim Focus, que mede a percepção do mercado sobre a economia, vem mostrando uma expectativa de juros maiores em 2024 e nos próximos anos.

Nesta semana, o levantamento mostrou que o mercado já projeta uma inflação supra do meio da meta em 2024. 

A estimativa de IPCA deste ano passou de 3,90% para 3,96%, enquanto que a meta definida pelo Parecer Monetário Pátrio (CMN) é de 3% com 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para inferior. 

Esse costuma ser um sinal de alerta para o Banco Medial. Se as expectativas sobem, significa que o mercado não está tão esperançoso na capacidade da mando monetária de contornar as adversidades econômicas e trazer a inflação para a meta. 

Nesse cenário, Matheus Spiess aponta que, por mais que pareça contraditório, se o objetivo é ter uma taxa de juros mais baixa, é esperado neste momento uma atitude mais conservadora do Banco Medial, que pode neste caso a manutenção do atual patamar da Selic. 

É simples que esse não é o melhor cenário para o investidor. Embora a Selic esteja em um patamar menor que no mesmo período de 2023, ela ainda está subida. 

Isso significa que, pelo menos no pequeno prazo, os negócios vão continuar sendo impactados e a Bolsa brasileira pode continuar sofrendo. 

Nesse cenário, a pergunta que fica é:

Onde investir enquanto os juros não caem? 

Tanto a Selic em 10,50%, quanto os juros americanos e as incertezas da política fiscal interna estão atrapalhando a Bolsa. 

Recentemente, o Ibovespa voltou a perder o patamar dos 120 milénio pontos e, só no aglomerado de junho, já apresenta uma queda de 7%

Nesse cenário, muitos investidores podem simplesmente se desesperar e desabitar a Bolsa. 

Todavia, os analistas da Empiricus apontam que neste momento há uma oportunidade: comprar algumas das melhores ações da bolsa com desconto

Acontece que o Ibovespa está negociando a preços que só foram vistos em 2008 e durante a crise do governo Dilma. Veja o gráfico inferior, que mostra a relação preço/lucro (P/L) da bolsa: 

(Manancial: Bloomberg/ Elaboração: Seu Quantia)

Ou seja, neste momento o investidor tem a chance de investir em empresas de subida qualidade cujas ações sofreram na última semana por conta do envolvente macroeconômico. 

Mas continuam sendo empresas resilientes e com resultados sólidos. Um exemplo é esta ação que foi recomendada pela vivenda uma vez que uma das 10 ações para comprar agora

Por conta do cenário macroeconômico desfavorável, as ações dessa companhia caíram 38%. Todavia, os analistas apontam que se trata de uma líder no seu segmento, com balanço sólido e inferior endividamento. 

Mesmo com a queda recente das ações, essa companhia continua negociando com prêmio em relação aos seus pares. 

Todavia, no atual patamar de preço/lucro, os analistas acreditam que o investidor tem diante de si a oportunidade de comprar com desconto uma ação que pode valorizar 104%.

Entretanto, ela não é a única. Na visão dos analistas da Empiricus, há outras 9 ações que valem a pena investir nesse momento. 

A boa notícia é que você pode saber todas elas de perdão. A Empiricus Research está liberando com cortesia o entrada à carteira com as 10 ações para investir agora

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Uma vez que disse anteriormente, o entrada é 100% gratuito e em nenhum momento você será cobrado por leste teor. Aliás, ao fazer o seu cadastro, você terá todas as atualizações dessa carteira.

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