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Luz amarela para os FIIs? Mercado avalia impacto da escalada dos juros nos fundos

por João P. Silva
 Luz amarela para os FIIs?  Mercado avalia impacto da escalada dos juros nos fundos




O mercado de fundos imobiliários acumula cinco meses consecutivos de ganhos, estimulado principalmente pelo ciclo de cortes da taxa Selic. Em abril, porém, o segmento não operava negativo e compreendia com atenção a escalada dos juros por longos períodos.

“Esta questão que chamamos técnicos de exórdio da curva de juros com cereta acaba influenciando o mercado, mormente os fundos de ‘tijolo’”, reconhece Thiago Otuki, economista do Clube FII. “Pelo menos no pequeno prazo, isso deve refletir no preço das cotas”, prevê.

Isso porque a exórdio da curva de juros eleva a rentabilidade, por exemplo dos títulos públicos, que guegaram a quase 12% ao nos últimos dias – no caso dos prefixados. Os papéis indexados à inflação estão oferecendo aproximadamente IPCA + 6%.

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A rentabilidade – em alguns papéis perto de 1% ao mês – estimula a transmigração de investidores de renda variável para ativos de menor risco, uma vez que os títulos do Tesouro Direto. O movimento colaborativo para uma desvalorização das cotas dos FIIs.

Mas mesmo com a concorrência mais acirrada dos ativos que segmentam a variação dos juros futuros, os fundos imobiliários seguem atrativos, na avaliação de Érica Souza, da Vinci Partners.

“Estavamos observando a redução da curva de juros e agora temos um pequeno solavanco no meio do caminho”, disse a gestora em entrevista ao Liga dos FIIs. “É sempre um ponto de atenção dada a consolidação dos FIIs com os juros, mas o mercado imobiliário no Brasil sempre conviveu com taxas elevadas”, destacou.

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A confirmação de uma regra de risco e retorno favorável dos FIIs passa também pelo atual ciclo de cortes da Selic, taxa básica de juros da economia vernáculo – que caiu de 13,75% ao ano para 10,75% desde agosto do ano pretérito.

“A atual situação fiscal de pressão inflacionária e curva de juros e pode reduzir o espaço para cortes na Selic, afetando o ritmo esperado de queda do indicador”, avalia Fábio Idoeta, diretor de relações com investidores da Sequóia Properties. “Espero uma desaceleração, mas não acredito que a transmigração de fluxo para a renda fixa possa interromper o movimento de subida dos fundos imobiliários”, projeta.

Em 12 meses, o Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa – acumula valorização de 20,71%. No ano, o indicador sobe 2,4% e supera, por exemplo, o Ibovespa, que registra perdas de quase 7% no período. Em abril, o Ifix tem queda de quase 1%.

Para Marcos Baroni, cabeça de pesquisa em FIIs da Suno, o momento de maior aversão ao risco pode sublevar a volatilidade dos fundos imobiliários, mas o investidor deve levar em consideração o longo prazo e a estratégia inicial de investimento.

“Acho importante também o investidor renunciar a um pouco ao preço da quinhão e olhar para a capacidade do dividendo no médio e no longo prazo”, orienta o comentador em ao vivo Sunô. “(Aliás), é importante também calibrar os esportes em diferentes tipos de ativos, sem perder o foco da estratégia inicial”, finaliza.

Segundo o último Boletim Focus, do Banco Mediano, a estimativa final para a Selic em 2024 – que ficou inabalável por 15 semanas – passou de 9% para 9,13%. Para 2025, a projeção é de um índice de 8,25%.

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