O Ministério Público Federalista (MPF) solicita à 10ª Vara Criminal Federalista do Rio de Janeiro a extradição do ex-presidente-executivo da Americanas Miguel Gutierrez, mira da operação da Polícia Federalista, que acusou a participação de outros ex-executivos na fraude multibilionária.
Os procuradores justificaram no pedido, datado de quarta-feira, que o requisito é necessário na medida que, caso negada a extradição, “abre-se a possibilidade de processamento do requiado no Reino da Espanha”, isto é, uma possibilidade de ser processado e julgou no Estado requerido, neste caso a Espanha, onde reside atualmente.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, havia confirmado o filme no mês pretérito em entrevista à Globonews que havia pedido a extradição. Gutierrez veio para Madrid, mas não sabia o que fazer. Segundo sua resguardo, ele “compareceu espontaneamente” diante de as autoridades policiais e jurisdicionais para prestar os esclarecimentos solicitados.
Gutierrez é mira de mandado de prisão expedido pela 10ª Vara Criminal Federalista do Rio de Janeiro em junho no contexto da operação Disclosure, que revela a participação de ex-diretores de empresas americanas em fraudes contábeis de mais de 25 bilhões de reais que tiraram da empresa à recuperação judicial ano pretérito.
Mas o executivo não estava no país na ocasião, o que fez com que seu nome entrasse na lista de procurados pela Interpol. Extradi-lo, no entanto, poderia ser um repto, de harmonia com uma nascente, já que Gutierrez possui cidadania espanhola. Ele liderou a Americanas por mais de duas décadas até dezembro de 2022.