No momento em que os investimentos em renda fixa se preparam para um ajuste universal dos juros ao volta do mundo, os brasileiros terão que mourejar também com a mexida que as novas regras tributárias de fundos fechados e a contabilidade de um novo tipo de bênture devem fazer com os spreads (juros que um ativo oferece supra dos pagamentos dos títulos públicos, considerados de ordinário risco) de títulos incentivados.
O alerta foi feito pelo técnico em carteira do Bradesco Asset, Rafael Ribeiro, que observa dois movimentos antagônicos impactando de forma negativa nas remunerações desses papéis. O executivo falou, nesta quinta-feira (25), durante tela do Smart Summit 2024, evento que conta com a cobertura privativo do InfoMoney.
Segundo Ribeiro, o primeiro movimento seria de realocação das carteiras de investidores de fundos fechados e exclusivos. Uma vez que esses produtos passam a ser tributados, o técnico diz que muitos investidos estão enxergando nos papel incentivados uma escolha para manter a isenção tributária.
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A maior procura beneficia quem já tem os papéis na carteira e as empresas emissoras, que tendem a ter maior demanda em suas ofertas. Porem, pode tornar os spreads Esses títulos são menos atrativos para os investidos que quiserem entrar, na visão do profissional da Bradesco Asset.
O outro movimento trata da possibilidade, oportunidade pela lei que cria novas debêntures de infraestrutura, de que empresas desses segmentos recebam o favor fiscal ao exprimir debêntures. Atualmente, exclusivamente investidos pessoa física podem ter isenção tributária ao alocar em debêntures incentivadas. O resultado, de convénio com o técnico da Bradesco Asset, pode ser mais pressionado sobre o espalhar dos papéis incentivados.
“O risco é de uma certa canibalização, com as empresas migrando para o novo tipo de captação e uma menor oferta dos incentivos tradicionais”, afirma.
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Investidor mais seletivo
Além do impacto das questões tributárias, Ribeiro mostrou-se preocupado com o “descolamento” entre os classificações (classificação de risco de crédito) dos títulos e da verdade financeira de muitas empresas nos últimos anos. Para ele, mais do que nunca é preciso que o investidor seja mais seletivo na escolha dos ativos que colocará na carteira.