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Na mira do governo, Itaú, Rede d’Or e Bradesco lideraram emissões de CRIs em 2023, diz levantamento

por João P. Silva
Banco Central alerta sobre aumento de golpes no Sistema de Valores a Receber

Grandes bancos privados, redes de serviços médicos e até locadoras de veículos não têm volume financeiro movimentado em emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) em 2023 – resultado financeiro que acaba de passar pelo mundo regulatório por decisão do Parecer Monetário Vernáculo (CMN).

É o que mostra o levantamento feito pela Uqbar, plataforma de informações do mercado financeiro, a pedido do InfoMoney. Segundo o estudo (um ano anterior que será divulgado em março), unicamente o Itaú Unibanco e o Bradesco responderam por R$ 4,3 bilhões em emissões de CRI no ano pretérito – menos de 10% do volume financeiro totalidade do resultado no perídio, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitalais (Anbima).

A plataforma salvaguarda que nem sempre é provável identificar todos os devedores dos papéis emitidos, seja pela explosão deles (caso de CRI que financia a obtenção de casas por pessoas físicas), seja pela não divulgação de informações por secção da securitizadora. Mas o levantamento também capturou um volume proeminente de emissões de dois grandes grupos do setor de saúde em 2023: a Rede d’Or (R$ 2,26 bilhões) de Oncoclínicas (R$ 1 bilhão).

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A segunda, inclusive, é responsável por um precedente importante no mercado, com a missão dos chamados “CRIs de aluguel”, que abriu caminho para o uso de recursos para o pagamento de locações pastadas e futuros de imóveis linginados às atividades principos das companhias. De convenção com o estudo da Uqbar, um movimento da Rede d’Or sozinho R$ 6,80 bilhões com a missão deste resultado financeiro nos últimos três anos.

Na lista, também chamam atenção empresas uma vez que o Assaí Atacadista, que movimentou R$ 1,14 bilhão em 2023, das locadoras Movida e Localiza, que emitraram R$ 720,13 milhões e R$ 490 milhões, respectivamente, e da rede de farmácias Raia Drogasil, que girou R$ 700 milhões em CRIs no ano pretérito. Integramos o grupo, ainda, uma vez que educacional Yduqs e Cogna, com emissões de R$ 594,63 milhões e R$ 427,60 milhões nesta ordem.

Veja uma lista dos 20 principais emissores de CRIs em 2023 (e quanto eles movimentaram nos três anos anteriores), segundo Uqbar:

Nome do Devedor* 2020 2021 2022 2023
Itaú Unibanco R$ 2.500.000.000
Rede D’Or R$ 2.500.000.000 R$ 2.040.501.000 R$ 2.260.835.000
Banco Bradesco R$ 1.800.000.000
SENDAS DISTRIBUIDORA S/A R$ 1.784.851.088 R$ 1.233.103.152 R$ 1.135.603.000
GOLD SIRIUS FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO R$ 1.110.000.000
ONCOCLÍNICAS DO BRASIL SERVIÇOS MÉDICOS SA R$ 500.000.000 R$ 1.000.000.000
Movida R$ 720.125.000
RAIA DROGASIL S/A R$ 800.000.000 R$ 700.000.000
Votorantim R$ 400.000.000 R$ 622.896.000
Associação R$ 415.000.000 R$ 612.102.000
YDUQS Participações R$ 594.633.000
MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES SA R$ 39.321.000 R$ 800.489.041 R$ 1.490.000.000 R$ 559.588.000
Caxemira R$ 503.347.000
Localizar R$ 300.000.000 R$ 490.000.000
TERRAVISTA BOUTIQUE EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO SPE SA R$ 450.000.000
WAM HOTÉIS E RESORTS S/A R$ 430.117.000
COGNA EDUCAÇAO SA R$ 500.000.000 R$ 427.599.000
JSL R$ 381.186.000
GPA R$ 376.616.000
Nascente: Uqbar
* Nem todos os devedores dos CRIs emitidos nos períodos foram identificados. Eles somaram R$ 11,18 bilhões em 2020, R$ 18,94 bilhões em 2021, R$ 20,79 bilhões em 2022 e R$ 25,80 bilhões em 2023.

Já do lado dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), a Engelhart, trading de commodities fundada pelo BTG Pactual, líder em emissões com folga. Só no ano pretérito, ela movimentou R$ 15 bilhões – mais de um terço do volume totalidade desta classe de ativos. Em seguida, estão as geladeiras Minerva (R$ 2 bilhões), JBS (R$ 1,74 bilhão) e Marfrig (R$ 1,13 bilhão).

Veja uma lista dos 20 principais emissores de CRAs em 2023 (e quanto eles movimentaram nos três anos anteriores), segundo Uqbar:

Nome do Devedor* 2020 2021 2022 2023
Engelhart CTP R$ 2.000.000.000 R$ 15.000.300.000
Minerva R$ 1.000.000.000 R$ 1.600.000.000 R$ 1.500.000.000 R$ 2.000.000.000
JBS R$ 1.876.344.000 R$ 2.798.844.000 R$ 2.763.976.000 R$ 1.741.121.000
Dexco R$ 1.500.000.000
Vamos Localização R$ 900.000.000 R$ 600.000.000 R$ 1.204.395.000
Marfrig R$ 1.200.000.000 R$ 2.500.000.000 R$ 1.125.000.000
IPIRANGA PRODUTOS DE PETROLEO SA R$ 960.000.000 R$ 1.000.000.000 R$ 1.018.000.000
Raizen R$ 1.280.482.000 R$ 480.000.000 R$ 2.418.414.000 R$ 1.000.000.000
ATACADÃO SA R$ 1.500.000.000 R$ 930.000.000
FS FLORESTAL SA R$ 850.000.000
Banco ABC Brasil R$ 653.000.000
CAMIL ALIMENTOS SA R$ 625.000.000
Clube R$ 966.291.000 R$ 2.500.000.000 R$ 600.000.000
FS AGRISOLUTIONS INDÚSTRIA DE BIOCOMBUSTIVEIS LTDA R$ 300.000.000 R$ 1.904.788.040 R$ 400.000.000
USINA CERRADÃO SA R$ 241.500.000 R$ 300.000.000
YARA BRASIL FERTILIZANTES SA R$ 573.003.000 R$ 253.338.000
COOPERATIVA AGRICOLA DE UNAI LTDA R$ 208.900.000
ZANCHETTA ALIMENTOS LTDA R$ 200.000.000 R$ 200.000.000
VIDEPLAST INDÚSTRIA DE EMBALAGENS LTDA R$ 200.000.000
ENERGÉTICA SANTA HELENA S/A R$ 165.000.000
Madero R$ 500.000.000 R$ 150.000.000
Nascente: Uqbar
* Nem todos os devedores dos CRAs emitidos nos períodos foram identificados. Eles somaram R$ 5,79 bilhões em 2020, R$ 10,91 bilhões em 2021, R$ 12,53 bilhões em 2022 e R$ 11,83 bilhões em 2023.

Fechando brechas

Na última quinta-feira (1), o CMN decidiu, em reunião extraordinária, promover uma série de ajustes nas normas que regem a missão, pelo setor privado, de títulos incentivados emímitos com lastro em operações do agronegócio e do setor imobiliário.

No caso dos CRIs e CRAs, a Solução nº 5.118 proibiu emissões com lastro em títulos de dívida (por exemplo, debêntures) por companhias abertas não relacionadas aos setores de agronegócio ou imobiliário. O parecer também vedou a emissão dos certificados com lastro em direitos de crédito originados de operações entre partes relacionadas ou de operações financeiras cujos recursos sejam usados ​​para reembolso de despesas.

A decisão foi antecipada pela reportagem do InfoMoneyque há duas semanas revelou o desconforto de integrantes do Ministério da Rancho com o que entende uma vez que distorções no uso de produtos de investimentos isentos por secção das empresas – valencia compartialada por parcela do mercado.

O movimento do CMN tem por objetivo aumentar a eficiência do mercê tributário aos produtos, garantindo que os instrumentos sejam de indumentária utilizados para o fomento do agronegócio (no caso dos CRAs) e do setor imobiliário (no caso dos CRIs). Também foram escopo de mudanças uma vez que Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs).

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