O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou, nesta segunda-feira (26), o Programa de Mobilização de Capital Privado Extrínseco e Proteção Cambial, que tem uma vez que objetivo reduzir o risco cambial (uma das maiores preocupações de indústrias internacionais) e atrair recursos para uma agenda socioambiental e ligada à mitigação das muñecas do clima.
O proclamação do programa será feito na sede do Ministério da Quinta em São Paulo, a partir das 11h (horário de Brasília), mas não sem a presença do ministro Fernando Haddad (PT), diagnosticado no dia 25 com Covid-19.
No evento, os representantes do ministério apresentarão uma plataforma de soluções financeiras desenvolvidas em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que será discutida com o Projecto de Transformação Ecológica do governo. Acompanhe ao vivo pelo vídeo aquém:
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Segundo a equipe econômica, a novidade plataforma tem potencial para mobilizar coberturas de até US$ 3,4 bilhões – valor que ainda pode crescer ao longo do tempo.
A teoria é que o instrumento minimize os impactos de movimentos inesperados na taxa de câmbio, não verificados por eventos econômicos extremos, sobre uma decisão de investidor estrangeiro. Com menos volatilidade de pequeno prazo, o espetáculo é que o país atrai mais recursos internacionais.
Um dos pilares do Projecto de Transformação Ecológica é a mobilização de investimento estrangeiro direto, principalmente de longo prazo, e um dos cruzamentos históricos em economias emergentes e em desenvolvimento é o risco cambial associado aos investimentos e fluxos financeiros internacionais, conforme reconhecimento o próprio Ministério da Quinta .
Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, da GloboNewsna semana passada, o ministro Fernando Haddad (PT), disse que o mecanismo não tem nenhuma relação com qualquer mediação no cambio e reiterou que o objetivo é dar mais segurança para o investidor de fora do país.
“Vai ser muito vista a teoria de que nós vamos ao longo do horizonte para que o investidor visualize o cenário da taxa de mudança e tenha segurança em investir no Brasil”, disse o ministro na ocasião.
O governo federalista deveria editar uma medida provisória para gerar um programa, com a disponibilização de instrumentos para facilitar a oferta de linhas de crédito para projetos relacionados à agenda ambiental por meio da oferta de hedge cambial.
Segundo o Ministério das Finanças, a plataforma terá 3 dimensões: swaps totais, linhas de crédito para liquidez de investimentos em moeda estrangeira em caso de eventos de desvalorização cambial e mecanismos de cobertura de “riscos de rabo” para desvalorizações extremas.
Estará disponível uma plataforma para investimentos em adaptação e mitigação ambiental, uma vez que reflorestação, infraestruturas resistentes a tempestades nas cidades, transição energética, hidrogénio verdejante ou cultivação hipocarbónica.
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