A arbitragem acontece quando o investidor procura lucrar com a diferença de preços de um mesmo ativo negociado em mercados diferentes, porquê no Brasil e nos Estados Unidos, por exemplo.
“A teoria é aproveitar essa oportunidade e servir de intermediário entre aquelas partes que querem negociar, comprando um tanto e vendendo para terceiros, para que possa gratificar os custos da operação”, explicou Felipe Lala, gerente de renda variável na Criteria Investimentos.
Trata-se de uma operação realizada rapidamente, na qual o investidor obtém retorno apaziguando esse desequilíbrio de preços aplicados em um ou mais mercados, complementa Alan Soares, comentador da Toro Investimentos.
Uma vez que funciona a arbitragem?
O objetivo da operação é lucrar com a discrepância de preços de um ativo.
Quando uma mesma ação apresenta um valor menor em uma Bolsa de Valores em relação a outro, de outro país, por exemplo, um investidor sisudo pode comprar pelo preço mais reles e vender imediatamente na Bolsa mais rosto, obtendo um lucro rápido.
É logo que funciona a arbitragem. “É um tipo de operação com risco bastente reduzido, pois é realizado de maneira rápida e certa”, diz Soares, da Toro.
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Na prática, a própria realização dessas transações acaba corrigindo a diferença pontual de valores.
“Quanto mais investidos entram em uma operação de arbitragem, comprando ativos para revender depois, mais pressão sobre o preço é exercida, de tal forma que logo os valores se equilibram entre os mercados”, afirma Lala, da Criteria.
Tipos de arbitragem
As oportunidades de arbitragem podem surgir em diferentes mercados. Os tipos mais comuns são:
Cambial
Consiste na compra e venda de uma mesma moeda em mercados diferentes, buscando lucrar com as variações nas taxas de câmbio.
“Muitas vezes, logo que o pregão abre, pode surgir pelo menos uma ineficiência no mercado, seja por fatores econômicos ou geopolíticos entre os países, gerando volatilidade”, comentou Lala.
É quando surge uma oportunidade de arbitrar os valores.
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À vista contra prazo
Envolvem principalmente mercados futuros. Consiste em obter lucro por meio de uma compra ou venda de um ativo no mercado à vista e, simultaneamente, de uma outra operação contrarária no mercado horizonte.
Experimente uma estratégia conhecida porquê cash & carry.
Normalmente, essas operações envolvem commodities – porquê milho e soja, por exemplo – e congenatom quando se imagina que os valores praticados no momento da compra ou venda não são adequados, indo subir ou desabar dentro de um período determinado.
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Neste caso, pressupõe-se a compra e venda, por exemplo de ações negociadas em países diferentes.
“Uma empresa americana pode ter um BDR (Brazilian Depositary Receipts, maneira pela qual se negocia ações estrangeiras na B3) que, com grande variação cambial, pode apresentar uma oportunidade de arbitragem”, explica o executivo da Criteria.
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E porquê o próprio movimento é percebido em dois mercados, uma empresa brasileira que possui ADRs (American Depositary Receipts, recibos de ações estrangeiras negociadas nos EUA) também pode desabrochar porquê oportunidade de arbitragem, por exemplo.
“Com os derivativos econômicos na B3, também é verosímil encontrar chances de arbitragem, com opções que podem ter seus preços reavaliados com auxílio de robôs, que calculam a liquidez e impône outro preço justo.”
Uma vez que a arbitragem ajuda e/ou atrapalha as operações de day trade?
Segundo especialistas, a arbitragem pode ajudar a operação de day trade (compra e venda de ativos em um único preço) ao permitir oportunidades de lucro rápido. “Se funcionou de maneira eficiente, o risco é considerado reles”, afirma Soares, da Toro.
No entanto, também pode atrapalhar as transações ao fabricar uma concorrência maior e aumentar a velocidade das movimentações no mercado, habilitando a realização de ordens.
Ele observa que, atualmente, os mercados evoluíram bastente com o desenvolvimento dos chamados “robôs traders”, que se identificam porquê discrepâncias de preço e realizam operações de forma automática.
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Quais são os riscos da arbitragem?
De maneira universal, o risco costuma ser reles e pode variar conforme a natureza da arbitragem, mas em todos os casos pode possuir o risco operacional, diz Lala, da Criteria.
É uma possibilidade de o investidor não conseguir realizar uma operação completamente, seja por lapso no sistema ou pela velocidade com que tudo acerta.
Por conta disso, normalmente são robôs que operam com arbitragem.
Soares, da Toro, lembra que também existe o risco de as discrepâncias de preços persistirem, resultando em perdas.
Da mesma forma, a restauração de que a arbitragem pode envolver altos valores de transação e exigir uma infraestrutura tecnológica avançada para uma realização eficiente.
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Sem isso, uma operação pode não ser vantajosa ou suficiente para encobrir os custos encarlos.
Para que tipo de investidor a arbitragem é recomendada?
“A arbitragem é indicada para investidores com conhecimento avançado do mercado financeiro e rápido chegada às informações e realização das operações”, afirma Soares, da Toro.
Desta forma, normalmente é praticado por traders institucionais e investidores profissionais que possuem recursos suficientes para se envolver em estratégias complexas.
“Para investidores de varejo (sem chegada à informação e plataformas de realização rápida de ordens), é mais indicado buscar outras estratégias de investimento, menos ariscadas e mais adequadas ao seu perfil.”
