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Oito frases que ilustram momentos decisivos do Projecto Real

por Abel Ferreira
Oito frases que ilustram momentos decisivos do Plano Real

A Perceptibilidade Financeira conversou com os principais nomes do Projecto Real para a série de matérias e podcasts que produz em parceria com o Estúdio Novelo. São personagens porquê Pedro Malan, Pérsio Arida, Gustavo Franco, entre muitos outros.

Assim, vale evidenciar que um projecto econômico porquê oriente, que modifica a história econômica de um país, não é fruto do trabalho de uma pessoa, mas resultado do esforço de muitos. Mas há momentos que são decisivos e pelos quais esses personagens todos passaram.

Portanto, a Perceptibilidade Financeira apresenta agora um compilado de oito frases que ditas por essas pessoas, atualmente, sinalizam a valor de determinados momentos na formulação do Projecto Real.

Confira aquém frases sobre o Projecto Real

Era o dia seguinte da implementação da Unidade Real de Valor e os feirantes estavam todos com as suas tabelinhas fazendo a conversão de cruzeiro real para a URV. Foi um pouco incrível de ver

A frase supra é de Clóvis Roble.

Ele é engenheiro e chegou a ser o número dois do ministério da Quinta na estação em que Fernando Henrique Cardoso era ministro. Ele fala, especificamente, do pontapé inicial do Projecto Real, com a ingressão em vigor da Unidade Real de Valor.

O Projecto Real foi resultado de um longo e doloroso estágio

Sérgio Fausto, observador político e diretor-geral da Instauração FHC, fala sobre os planos anteriores ao Real. Todos eles, sobretudo o Projecto Cruzado, serviram de estágio para especialistas e economistas liderados por FHC.

O ministro falava com o Camdessus sempre em francesismo, no linguagem dele. Isso era importante para a relação pessoal que os dois tinham

Agora, Sérgio Fausto fala sobre porquê o ex-ministro Fernando Henrique conseguiu atuar para convencer Michel Camdessus, diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) a estribar o projecto econômico em prenhez.

No termo, o FMI, portanto reticente, passaria a estribar o Projecto Real.

A história do papelzinho azul

Peguei um papelzinho azul e rascunhei o que seria o projecto sobre o qual eu estava elaborando durante esse período. Mas já que ali, agora, estávamos indo embora, eu acho que eu poderia recontar para o ministro (FHC) porquê seria o projecto caso a gente tivesse a equipe e fosse permanecer no governo.

Edmar Bacha, responsável da frase, e equipe ficaram no ministério da Quinta.

Retrato do economista Edmar Bacha. Foto: André Dusek/Estadão Teor – 22/7/1993

Assim, a reunião mencionada ocorreu um dia depois do portanto presidente, Itamar Franco, destituir o presidente do Banco Médio Paulo César Ximenes sem consultar Fernando Henrique.

Dessa forma, para Bacha, aquele que seria o ponto final, foi somente o principio da formulação do Projecto Real.

Aquele dia, aquele momento, deu pra ver que era decisivo e o ministro foi firme. Ele pediu deposição três vezes nessa reunião. Três vezes!

Gustavo Franco foi ex-secretário-adjunto da secretária de política econômica do ministério da Quinta e ex-presidente do Banco Médio.

Assim ele lembra de uma reunião em que FHC participou com Itamar Franco. A cada tentativa de modificar o projecto econômico original, o ministro ameaçava deixar o governo. O Projecto Real seria editado no dia seguinte, por meio da medida provisória 434.

Aquilo permitiu que o André (Lara Resende) entrasse e se juntasse ao Edmar Bacha, ao Gustavo Franco, ao Murilo Portugal, ao Winston (Fritsch) e outros que já estavam lá. E o Persio (Arida) entrou logo em seguida (porquê presidente do BNDES). E aí ficou simples pra mim que nós tínhamos formado um núcleo médio que permitia que fosse feita uma aposta de roteiro da hiperinflação que estava rondando mais de dois milénio por cento

Dessa forma, Pedro Malan conta do invitação durante um jantar para assumir a presidência do Banco Médio no lugar de Ximenes. André Lara Resende, que Malan achava que seria convidado por Fernando Henrique para o posto, assumiu a renegociação da dívida externa brasileira com o FMI.

Pedro Malan chegando à mansão de Fernando Henrique Cardoso. Malan trabalhou para o governo de Fernando Collor de Mello porquê negociador responsável pela reorganização da dívida externa brasileira. Foto: Álvaro Motta/Estadão Teor – 20/11/1994

Acho que tem que invocar a atenção para uma conexão que as pessoas normalmente não olham. Sobre a conexão entre democracia e estabilização

Portanto, essa frase de Persio Arida dá a dimensão do momento político do país. Vale lembrar que em 1994 o país havia deixado a ditadura não havia uma dezena.

Assim, ainda que não houvesse indícios de insatisfação nos quartéis, a firmeza econômica viabilizou outra, a política.

Olha, de congraçamento com a nossa programação, na pior das hipóteses, no segundo semestre, a inflação caiu, acaba, ela vai lá pra inferior

A fala é de Fernando Henrique ao apresentador Silvio Santos. Era início de 1994 e o Projecto Real estava somente começando. E, porquê o portanto ministro previu, deu perceptível.



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