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Petrobras (PETR4) aceita concordância tributário que terá impacto de bilhões de reais; dividendos em risco? – Tempos de verba

por João P. Silva
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Uma empresa ganhou um ‘desconto’ de 65%, o que corresponde a R$ 19,80 bilhões (Imagem: REUTERS)

A Petrobrás (PETR4) jogou a toalha e resolveu por termo a uma disputa tributária de incidência do IRRF (Imposto de Renda), da Cide (imposto de mediação), do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins sobre remessas ao exterior, que totalizam R$ 44,79 bilhões.

Por 10 votos em prol, o juízo de governo aprovou a adesão ao Edital de Transação PGFN-RFB 6/2024. Para resolver litígios da estatal com o Parecer Administrativo de Recursos Fiscais (Carf)

Com isso, a empresa ganhou um ‘desconto’ de 65%, o que corresponde a R$ 19,80 bilhões.

Por outro lado, a Petrobras informa que terá impacto de R$ 11,87 bilhões nos lucros líquidos no segundo trimestre de 2024.

Mesmo assim, uma empresa frisa que a ingresso ao programa traz benefícios econômicos, uma vez que a manutenção da divulgação implicaria em esfogo financeiro para oferecimento e manutenção de garantias judiciais, além de outros custos e despesas processuais.

O programa permitirá discussões administrativas e judiciais de CIDE, PIS e COFINS, referentes ao período de 2008 a 2013.

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Desconto voltará para a Petrobras

Dos R$ 19,80 bilhões, R$ 6,65 bilhões serão pagos com depósitos judiciais e R$ 1,29 bilhão serão pagos com créditos de dívidas fisidiárias.

Os R$ 11,85 bilhões restantes, com os acréscimos supervenientes devido aos ajustes e à atualização dos encargos até os dados do pagamento efetivo, serão pagos da seguinte forma:

  • ingresso de R$ 3,57 bilhões, paga em 30 de junho de 2024;
  • saldo remanescente pago em seis parcelas mensais e sucessivas, no montante aproximado de R$ 1,38 bilhão cada. A primeira parcela será paga em 31 de julho de 2024, e uma vez que demais no último dia útil dos meses subsequentes, atualizados pela taxa Selic.

A estatal afirmou ainda que tapume de 13% do contencioso é de responsabilidade de “diversos parceiros negociais” e que a empresa está tendo exigência de ressarcimento.

Dividendos da Petrobras ameaçados?

A avaliação faz BTG Pactualo pagamento pode sacrificar quase a totalidade dos dividendos extraordinários que serão pagos até o final do ano.

Depois imensa romance em torno dos comprovados, no final de abril a Petrobrás aprovou o pagamento de R$ 22 bilhões extraordinários. O valor representa metade dos recursos que o juízo decidiu reter no início do ano.

O mercado espera, todavia, que a companhia libere pelo menos mais uma parcela dos comprovados extras.

O BTG aponta que também há espaço para imaginar cenários alternativos positivos.

“No pretérito, a empresa sugeriu que potenciais acordos fiscais seriam pagos ao longo de muitos anos, portanto, se isto é para o caso e os R$ 20 bilhões/US$ 4 bilhões para pagamentos em 5 ou 10 anos, os impactos no pequeno prazo nenhum pagamento de dividendos poderia ser mais restringido”.



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