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pior momento dos multimercados pode ter ficado para trás

por João P. Silva
pior momento dos multimercados pode ter ficado para trás

Rodrigo Azevedo, sócio e gestor da Ibiuna, reconhece que nos últimos 18 meses o desempenho da indústria de multimercados porquê um todo dejja a desejar. “Decepcionamos os cotistas, é verdade”. Ainda assim, ele acredita que há muita chance de o pior permanecer para trás.

“Estamos no fundo do vale e, historicamente, toda vez que houve essa saída do vale, o ‘overperformance’ (desempenho supra dos principais benchmarks) sempre foi muito grande”, comentou, ao participar de evento da Previ em São Paulo.

Segundo ele, o que explica essa pessão ruim desde 2023 são as incertezas sobre a economia global. Enquanto 2019 e 2020 foram anos de juros para inferior, em funcional da pandemia de coronavírus, 2021 e 2022 foram de juros para cima, para substanciar a inflação. E em 2023 o cenário ficará mais nebuloso.

“A lógica é que 2023 fosse um ano de renda para inferior de novo, mas essa viradela (sem ciclo de juros) está sendo difícil de mensurar, teve muito ‘falso positivo’. Os modelos econométricos não estão funcionando muito. Tenho a sensação de que um pouco na covid dinâmica é muito ruisto, os modelos estáveis ​​com margens de erro muito grandes. “Mas isso está com os fundos, está também com os BCs, que está errando muito, e isso introduz uma volatilidade no mercado que está sendo muito difícil”.

A boa notícia, diz ele, é que nos últimos dois, três meses os modelos econométricos parecem ter voltado a funcionar melhor. Nos EUA, por exemplo, não há mais discussão de subida de juros. Pode-se debater quando a redução começará, mas a tendência é de baixa mesmo.

“Olhando para frente, eu primícias a lucrar mais confidente na minha visão de médio prazo, e quando isso é profíquo, quando há mais visibilidade, a gente pode se movimentar do tático para o estrutural, e aí os fundos multimercados nadam de braçada”.

Azevedo também comentou que, nos últimos dez anos, depois que o Brasil comuneu a ter o rating rebaixado no segundo governo Dilma, a volatilidade no mercado sítio aumentou muito. Isso acabou servindo para incentivar a diversificação global. Hoje, o Brasil tem unicamente 30% a 40% de risco de Ibiúna.

“Conseguir gerar início lá fora nos dá uma tranquilidade grande de não depender do que o Lula vai ajustar e falar, se a decisão do BC vai ser dividida ou não”.

Participando do mesmo quadro, Giuliano de Marchi, diretor para América Latina da JP Morgan Asset Management, lembrou que os investimentos institucionais brasileiros aportam unicamente entre 2% e 4% no exterior. Ao aumentar essa fatia, cria-se uma descorrelação com o risco dos ativos locais, e essa diversificação favorece as carteiras.

“Se a gente pensa que o Brasil é 2% do mercado global de renda fixa, e 1% de renda variável, tapume de 98%, 99% dos ativos estão lá fora. Existem grandes ativos e setores que não estão cá. A bolsa americana andou muito, recentemente, em função das empresas de tecnologia. E a América Latina porquê um todo não tem uma grande ação de tecnologia. Não faz sentido permanecer só cá”.

Já Cristiano Lauretti, diretor de private equity da Kinea, admitiu que o momento é de baixa para seus segmentos, mas comentou que houve um grande maduração da indústria brasileira de private equity nos últimos anos, que hoje em dia está muito mais desempenado com a dinâmica do setor nos EUA, por exemplo.

Ele apontou que lá fora há um nível recorde de “pó sequioso” (capital comprometido e a ser vestido), mas com uma baixa de novos projetos, com úcoos IPOs e operações de M&A (fusões e aquisições). “Antigamente os investidores brasileiros estariam doidos para alocar e captar novos fundos, e agora vimos uma disciplina de investimentos muito maior, o que se reflete em bons retornos”. Para Lauretti, o pipeline já apresenta os melhores números de operações e volumes.

Informações com fazer Valor Econômico



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