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Por que ata do Fed não caiu muito para os mercados? – Investe Alcance

por Abel Ferreira
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Apesar de consenso na manutenção das taxas de juros, participantes do Fed citaram possibilidade de restrição na política monetária (Imagem: Federalista Reserve/ Flickr)

O Federalista Reserve (Fed), o Banco Meão dos Estados Unidos (EUA), divulgou nesta quarta-feira (22) a ata da sua última reunião, que manteu inalteradas as taxas de juros no país, atualmente entre 5,25% e 5,50%, pela sexta reunião consecutiva.

Anteriormente à divulgação, as bolsas internacionais e os futuros de Wall Street operavam no negativo. Por cá, o Ibovespa (IBOV) também sentia os efeitos da sofreguidão causada pelo horizonte da política monetária exterior, com o índice operando em queda.

Depois, em resposta à ata, o dólar diante de o real avançou e chegou a R$ 5,15. O Ibovespa também reagiu, caindo 1,38% e chegando aos 125,650.03 pontos.

No documento divulgado pelo Fed, os participantes reiteraram a urgência de esperar por mais dados que reforcem que a inflação está caminhando para a meta de 2%, afirmando que esperam que ela alcance o objetivo ainda no médio prazo.

Entretanto, eles afirmam que os dados recentes não aumentaram a crédito e que o processo pode demorar mais do que o previsto.

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Fed ainda precisa de mais dados

Outro ponto importante é que, apesar da totalidade dos membros ter concordado com a manutenção dos juros, vários mencionaram a urgência de restringir ainda mais a política monetária, casos riscos à inflação aumentem e tornem a medida necessária.

A ata destacou também a subtracção no ritmo de desenvolvimento do Resultado Interno Bruto (PIB) norte-americano, enquanto o mercado de trabalho ainda se mostra aquecido.

O envolvente geopolítico também foi citado, com a perspectiva de que eventos no exterior que possam gerar aumentos nos preços das commodities.

Depois a divulgação do documento, o CME FedWatch Tool, instrumento que analisa as probabilidades de cortes nas taxas de juros do país, aponta setembro porquê a data favorita, concentrando quase 60% de chance de reduções.

Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, afirma que os argumentos da política econômica baseada em dados foram esticados, deixando em destapado ajustes tanto para o lado do retardamento quanto para o da restrição.

“A meu ver, o resumo de onde os participantes do Fomc (comitê de política monetária) se encontram no momento está na asseveração de que estão dispostos a manter o atual nível de aperto por mais tempo se não houver evidências de progresso na direção do atingimento da meta, mas também consideram alargar no evento de um prostração inesperado nas condições do mercado de trabalho”, afirma Danilo.



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