A Petrobras (PETR3; PETR4) registrou lucro líquido de R$ 23,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024. O resultado representa queda de 37,9% em relação ao mesmo período do ano pretérito e queda de 23,7% em relação ao quarto trimestre de 2023.
De harmonia com a companhia, o resultado é consagrado da desvalorização cambial do final de período e menor venda de petróleo e derivados, “alguma coisa generalidade no 1º trimestre do ano, quando há menor demanda por diesel, assim uma vez que a redução do preço do petróleo e da margem do diesel”.
Segundo o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Leite, a desvalorização cambial impacta no demonstrativo financeiro, mas não afeta a caixa da companhia.
No resultado financeiro do período, foi registrado Fluxo da Caixa Operacional de R$ 46,5 bilhões e resultado ajustado, antes de juros, impostos, desdoiro e despesas de amortização, de R$ 60 bilhões.
Conforme o balanço da companhia, o financiamento financeiro no trimestre teve uma redução de US$ 1,1 bilhão, atingindo US$ 27,7 bilhões. A dívida brutal manteve-se em US$ 61,8 bilhões, incluindo as locações.
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, ressaltou o compromisso de manter os investimentos previstos e geração de valor para os acionistas.
“Os dados financeiros operacionais da Petrobras no 1º trimestre de 2024 são consistentes com o projecto da empresa de executar seu Projecto Estratégico (2024-28) de forma eficiente e sustentável.”
“No trimestre, mantivemos uma geração de caixa consistente, que nos dá segurança em relação aos investimentos futuros, uma vez que os que têm uma vez que foco o crescendo da produção da companhia”, avaliou Prates.
Assim, no primeiro trimestre deste ano, os investimentos da Petrobras totalizaram US$ 3 bilhões (tapume de R$ 15 bilhões).
Enquanto a produção de petróleo médio, gás oriundo liquefeito e gás oriundo atingiu 2,776 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), um aumento de 3,7% em relação à produção do mesmo período do ano anterior.
PETR4 nº 1T2024
Os resultados financeiros da Petrobras vieram dentro do esperado no primeiro trimestre, gerando efeitos de menores vendas, margens e maiores custos no período, diz o Citi.
Os analistas Gabriel Barra e Andrés Cardona escrevem que a receita de US$ 23,8 bilhões ficou 3% inferior do esperado, devido às pequenas vendas de diesel e gasolina nos mercados interno e extrínseco.
Ebitda ajustado de US$ 12,4 bilhões e 7% subordinado às estimativas, gerando impactos de menores margens de diesel, menores preços do petróleo e maiores custos de extração.
O lucro de US$ 4,8 bilhões foi 13% inferior das projeções por conta de um pior resultado financeiro e menores efeitos cambiais e financeiros no período. A dívida e a alavancagem continuarão sob controle.
O Citi tem recomendação neutra para a Petrobras, com preço-alvo em US$ 15 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Novidade York (NYSE), valor 12% menor do que o fechamento de segunda-feira.
Dividendos da Petrobras
Para o Goldman Sachs, a Petrobras reportou resultados dentro do esperado no primeiro trimestre deste ano, com lucro antes de juros, impostos, desdoiro e amortização (Ebitda) ajustado de tapume de R$ 62 bilhões em traço com a projeção, e aprovou o pagamento de dividendos no valor de R$ 13,5 bilhões.
Os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins destacam, em relatório, que o Ebitda ajustado de produção e exploração contraiu 2% em base anual, e que a produção avançou 4%, uma vez que já reportado, com queda de 5% em base trimestral devido a paradas para manutenção.
No segmento de refino e distribuição, o Ebitda ajustado recuou 20% na base anual, com queda de 21% na margem Ebitda refletindo “crack spreads” — a diferença entre o preço pago pelo óleo cru e o preço repassado aos consumidores — mais baixos, dizem os analistas.
Já a alavancagem permanece saudável em 0,86 vez dívida líquida sobre Ebitda, com geração de caixa operacional de US$ 9,4 bilhões e investimentos de US$ 3,0 bilhões, restalam.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para a Petrobras, com preço-alvo de US$ 18,80 para recibos de ações (ADRs), potencial de subida de 10,3%; de R$ 48,30 para ações ordinárias, com potencial de subida de 9,4%; e de R$ 43,90 para ações preferenciais, com potencial de subida de 5,5% na presença de o fechamento de ontem.
Perspectiva de melhoria
O Bradesco BBI diz que os resultados da Petrobras foram fracos no primeiro trimestre e devem melhorar ao longo do ano por conta dos maiores preços do petróleo e menor atítiva de manutenção.
Os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka escrevem que o lucro é de US$ 4,8 bilhões e 48% menor do que esperavam, impactado pelos efeitos das despesas financeiras e maior eficiência tributária.
Ebitda ajustado de US$ 14,3 bilhões ficou 7% inferior do esperado, muito por conta do desempenho da unidade de gás e vontade. As unidades de produção e refino tudem resultados em traço com as estimativas.
O pior resultado do trimestre é que a dinâmica do capital da economia é tão grande que a Petrobras gerou exclusivamente US$ 4 bilhões no primeiro trimestre, reduzindo dividendos no período.
O Bradesco BBI tem recomendação de compra para a Petrobras, com preço-alvo em R$ 47 para as ações preferenciais, potencial de subida de 12,9% sobre o fechamento de ontem.
Com informações da Sucursal Brasil e do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico