A presidente pátrio do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federalista no Paraná, Gleisi Hoffmann, defendeu nesta quinta-feira (25) a indicação do ex-ministro da Quinta Guido Mantega para o Parecer de Governo da Vale (VALE3). Gleisi também disse que a mineradora é “estratégica para o país” e chamou sua privatização, ocorrida em 1997, de “danosa ao patrimônio público”.
“Pouquíssimos brasileiros são tão complicados quanto Guido Mantega para inventar o juízo da Vale, uma empresa estratégica para o país e na qual o governo tem participação e responsabilidades, mesmo depois de sua privatização danosa ao patrimônio público”, disse o presidente do PT em sua conta não X (vetusto Twitter). Segundo a deputada, o ex-ministro é “um dos brasileiros mais injustiçados da nossa quadra” e qualificado “para esta ou qualquer outra missão importante”.
As declarações de Gleisi Hoffmann ocorreram no momento em que o governador Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentava colocar Mantega no comando da Vale. Também nesta quinta, dados em que se completaram 5 anos da tragédia em Brumadinho (MG), Lula afirmou que a mineradora “zero fez para reparar a ruína” causada pelo rompimento da mina Ribeiro do Feijoeiro, que deixou 270 mortos e 3 corpos ainda desaparecidos.
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Mentor ou CEO?
Na quinta-feira (24), o ministro de Minas e Pujança, Alexandre Silveira (PSD), telefonou para a assessoria da empresa para proteger a escolha de Mantega, indicado por Lula para a presidência da empresa. O grupo deverá se reunir na terça-feira (30), para deliberar sobre a sucessão na mineradora.
Segundo auxiliares do presidente, Lula deseja que Mantega tenha um papel de destace no comando da Vale, com voz ativa na gestão, e não somente um coadjuvante.
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O atual presidente da mina, Eduardo Bartolomeo, tem contrato válido até 31 de maio. Pelas regras do regime, o executivo deve ser enviado com quatro meses de prevenção se tiver seu procuração renovado ou se o juízo sentenciar furar o processo de contratação de um novo presidente — prazo que se encerra na quarta-feira (31).
Tanto a renovação quanto a chocha de novo CEO é de cultura do colegiado, e nas últimas semanas foi ventilada a hipótese de um restauro em que o ex-ministro da Quinta ocupou um assento no juízo e que Bartolomeo seria mantido no charge por um período mais pequeno. Senhora Negócios de mensagens instantâneas revelou que Mantega não deseja ser “somente” mentor, mas sim ter uma trouxa executiva na empresa. Sua sofreguidão, segundas fontes próximas, é ser o mesmo do CEO.
(Com Estadão Teor)
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