Início » Próximos cortes serão de 0,25 pp? Veja o que dizem analistas – Investe Alcance

Próximos cortes serão de 0,25 pp? Veja o que dizem analistas – Investe Alcance

por Abel Ferreira
ata do copom

Ata do Copom foi divulgada na manhã desta terça-feira (14) (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

Banco Medial divulgou na manhã desta terça-feira (14) a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, a domínio monetária foi contra o guindance do encontro de março e reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.).

Oriente foi o primeiro incisão desta magnitude na taxa básica de juros desde que o Banco Medial deu início ao seu retardamento monetário. Antes disso, foram seis cortes de 0,50 p.p. Com isso, a Selic passou de 10,75% para 10,50% ao ano — o menor patamar de juros desde março de 2022.

No documento publicado, o BC reforça que o envolvente extrínseco está mais opoente, com dúvidas sobre o início da flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e velocidade da desinflação.

O estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, destaca o trecho do documento que aborda as razões que levaram alguns diretos a votarem por uma redução de 0,50 p.p na Selic.

“O documento procura mitigar as divergências entre esses diretores e os demais, atribuindo considerável peso às questões relacionadas ao guidance e à promessa feita em reuniões anteriores, na qual se comprometeram com uma redução de 0,50, o que, caso não cumprido, poderia afetar a reputação do Banco Medial, uma vez que de vestuário ocorreu”, explica.

Cruz aponta que a mensagem da ata evidencia o compromisso dos diretores em controlar a inflação e sinaliza uma verosímil premência de interromper o ciclo de queda de juros mais cedo do que o previsto anteriormente.

“Para a próxima reunião, parece possuir consenso em adotar uma abordagem mais maleável, possivelmente com uma subtracção de 0,25 p.p”, pondera.

Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe Warren Investimentos, aponta que as divergências entre os membros são menores do que a leitura inicial do mercado depois a divulgação do transmitido, conforme mostra a ata.

Todavia, o crítico pontua a existência de uma convergência do Comitê com relação à adoção de uma política monetária mais cautelosa e sem indicações futuras, o que pode ser interpretado uma vez que um orçamento totalidade de redução de juros menor do que o considerado anteriormente.

“Há concordância ainda no diagnóstico de um cenário global incerto e, no contexto interno, de resiliência da atividade e desancoragem das expectativas”, conclui.

O crítico Matheus Spiess, da Empiricus Research, diz que os membros indicados pelo governo, que terão mais tempo no Comitê ao longo dos próximos anos, votaram por um incisão de 0,50 p.p. para sinalizar que estão comprometidos com as metas estabelecidas.

“Credibilidade importa, uma vez que sabemos. Finalmente, apesar da diferença na amplitude, houve unanimidade em concordar que atingir a meta é o objetivo principal. Portanto, não faz sentido ser leniente e prometer executar a meta ao mesmo tempo”, explica.

Spiess destaca o comitê se mantendo técnico, o que não vai solucionar, mas minimiza o sonido, mostrando alinhamento no tom contracionista.

Analistas do Bank of America (BofA) destacam que, depois uma decisão dividida, o juízo concordou em tornar-se dependente dos dados, reconhecendo um agravamento do estabilidade de risco.

O BofA vê o juízo mais preocupado com o aumento das expectativas de inflação e com o início incerto do ciclo de flexibilização nos Estado Unidos e espera um incisão de 25 p.p em junho, ritmo que deve ser mantido até o próximo ano. A estimativa do banco é deque a Selic fique em 10,25% em 2024 e 9,00% em 2025.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Haddad afirma que ata foi técnica

O ministro da Quinta Fernando Haddad disse, em conversa com jornalistas na manhã desta terça (14), que a ata foi muito técnica, adequada e em risco com o que ele esperava.

“Eu entendia que eram duas posições técnicas, respeitáveis, e a ata deixou evidente que os argumentos de lado a lado eram pertinentes e defensáveis. Foi bom, na minha opinião”, ponderou.

Haddad destacou ainda que a tensão do mercado com a subdivisão dos votos se dissipou com a ata, tendo em vista que tinham mais rumores do que verdades. Segundo ele, está tudo tranquilo entre os membros.

Entenda os pontos da ata do Copom

Internacional

Do lado internacional, a ata explicou que o cenário é opoente, com persistência da incerteza com relação ao ciclo de queda de juros norte-americano e ao processo desinflacionário nas principais economias.

Nesse cenário, o Comitê aponta que, diante de um cenário de incerteza prospectiva elevada, reforça-se a premência de maior cautela na meio da política monetária doméstica.

“No que se refere às fontes de desinflação, o Comitê se deteve, em maior proporção, no papel da política monetária nos Estados Unidos. O Comitê lembrou que o estágio atual de desinflação é mais custoso e requer cautela na meio da política monetária”, diz a ata do Copom.

Os membros reiteraram que não há relação mecânica entre a meio da política monetária norte-americana e a regra da taxa básica de juros doméstica e que, uma vez que usual, focarão nos mecanismos de transmissão da lance externa sobre a dinâmica inflacionária interna.

Meio da política monetária

O Comitê explica que, apesar de uma elevação da trajetória de juros advinda da pesquisa Focus, utilizada no cenário de referência, observou-se elevação na projeção de inflação para o horizonte relevante de política monetária.

“De forma análoga, as expectativas de inflação para o mesmo horizonte, que se mostravam desancoradas em patamar firme nos últimos trimestres, se elevaram desde a reunião anterior”, explicam.

Outrossim, a ata aponta que o cenário de mercado de trabalho e de atividade tem apresentado maior dinamismo do que o esperado, somando-se ao cenário extrínseco mais opoente e requerendo maior cautela na meio da política monetária.

“Posteriormente a estudo do cenário, a maioria do Comitê avaliou que era favorável reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual. Consideraram, para tanto, que o cenário esperado não se confirmou em função da desancoragem suplementar das expectativas, da elevação das projeções de inflação, do cenário internacional mais opoente e da atividade econômica mais dinâmica do que esperado”, diz.

Decisão fiscal

A ata do Copom ressalta a decisão de reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 10,50% a.a., e entende que é conciliável com a estratégia de convergência da inflação para o volta da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui 2025.

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de testificar a firmeza de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno tarefa”, diz.

  • Onde investir com a Selic a 10,50%? Especialistas da Safira Investimentos revelam suas melhores recomendações de investimento para o momento no Giro do Mercado desta quinta-feira (9); assista cá:



Fonte

Related Posts

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitar Saiba Mais

Política de Privacidade e Cookies