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Pujança nuclear volta ao núcleo do debate − e o Brasil pode assumir posição estratégica

por João P. Silva
Energia nuclear volta ao centro do debate − e o Brasil pode assumir posição estratégica

Uma combinação de preocupação com segurança energética e descarbonização levou o mundo a “redescobrir” a virilidade nuclear.

Um dos dois entusiastas da expansão do uso dessa manadeira de virilidade no Brasil, ele é o ex-ministro de Minas e Pujança Bento Albuquerque defende que o País ocupa uma posição privilegiada na novidade lance global e deve explorar o seu potencial com um olhar estratégico para o porvir, combinando outras fontes limpas em desenvolvimento ao uso da virilidade nuclear, sem descartar o consumo de petróleo e gás.

Para ele, o investimento em usinas nucleares teria um papel decisivo na construção de uma “independência energética” no Brasil, a partir da diversificação de fontes, em um contexto de cirramento dos conflitos geopolíticos e de maior demanda internacional pela descarbonização – cenário em que o País conta com autoridades autônomas concorrentes naturais por dispor de uma matriz muito mais impaciente do que a mídia.

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“O mundo redescobriu a virilidade nuclear”, disse Albuquerque em entrevista concedida ao InfoMoney. “Querendo ou não, ela vai ser fundamental (para os próximos movimentos globais)“, resumo.

Almirante de esquadra, Albuquerque tem uma privativo com o asunto, que remonta ao seu ingresso na Marineha, na dezena de 1970. Durante sua curso militar, ele foi Diretor-Universal de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marineha, ocasião em que esteve primeiro o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e o Programa Nuclear Pelágico (PNM).

A retomada de um olhar internacional mais interessante sobre a virilidade nuclear ocorre depois anos digitais para o setor, em revérbero dos acidentes de Tchernóbil (1986), na antiga União Soviética, e de Fukushima (2011), no Japão.

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Os defensores argumentam, no entanto, que os erros do pretérito serviram de prelecção e hoje tal matriz, além de impa, é uma das mais seguras do mundo e possui cocuruto potencial de escalada – o que ajuda nos desafios urgentes de descarbonização.

Do ponto de vista geopolítico, ele intensificou as tensões entre a Rússia e o Oeste desde o início da guerra na Ucrânia, e motivou os países europeus a buscarem fontes alternativas de virilidade para reduzir a sujeição do gás proveniente russo e variar suas matrizes.

Segundo levantamento da Associação Nuclear Global (Associação Nuclear Mundial, em inglês), existem 440 usinas nucleares em operação em 32 países e em Taiwan, com capacidade para produzir murado de 10% de toda a eletricidade do mundo. A instituição estima que existam murado de 60 reatores em construção no mundo – a maioria deles na Ásia, 26 na China e 7 na Índia – e outros 110 estão em planejamento.

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Na visão de Bento Albuquerque, o Brasil pode ter um papel relevante nesta novidade lance – que deverá ser muito mais do que a verosímil retomada das obras de Enseada 3, ainda em discussão no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) . E isso já foi notado por potenciais investidores do setor privado.

Ele aponta uma vez que volumosas reservas de urânio, o domínio da tecnologia de riquecimento do mineral e longa experiência na operação de reatores uma vez que diferenciais competitivos do País. “Só 3 países no mundo têm isso: Brasil, Estados Unidos e Rússia”, pontuou.

A recente lhaneza regulatória para a exploração de urânio no país, aliada à necessária modernização do busto legítimo, o militar, poderá proporcionar novas condições para a exploração de virilidade nuclear em parceria com o setor privado, abrindo um mercado que hoje é restrito à estatal Eletronuclear. Um dos caminhos vislumbrados passa pela conversação de usinas térmicas, que utilizam carvão – manadeira de virilidade altamente poluidora.

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“Eu não imaginava que iria viver isso. Cá, no país, há um despertar dos interesses de empresas privadas pelo setor nuclear, que antes eram somente estatais. Isso é motivado pelo movimento que está acontecendo no mundo, mas estão começando a ver as oportunidades que existem cá”, avaliou.

Para Albuquerque, a riqueza e a inconstância de fontes energéticas do Brasil, que têm permitido um aumento da capacidade de geração por fontes intermitentes (que podem variar drasticamente, dependendo da disponibilidade de recursos, uma vez que nos casos de solar e eólica), devem substanciar a de um olhar mais atilado para fontes de virilidade de base, uma vez que a nuclear, de modo a prometer a soberania e a segurança energética do País.

Na avaliação do vetusto ministro das Minas e Pujança, o processo de transição energética “depende muito de cada região e país, associado ao seu desenvolvimento poupado e potencialidades”. Mas ele acredita que a redução da sujeição de combustíveis fósseis ainda deve demorar para se tornar uma veras no mundo.

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“O que é transição energética?”, indagou. “É um processo. E se você quiser dar um espaço temporal mais recente, couçue 4 séculos detrás com o carvão. E o carvão está aí até hoje. Ele não tem mais a preço que tinha na revolução industrial, mas não deixa de ter utilidade – e vai continuar tendo.”

“O petróleo e o gás continuarão sendo a manadeira energética mais relevante pelo menos pelos próximos 50 e 70 anos. Você não pode pensar a transição energética uma vez que ‘vamos completar com petróleo e gás, e agora vai ser hidrogênio virente’. Não é desse jeito. O que vai sobrevir é que as fontes vão assumir maior relevância”, argumentou.

No caso brasiliano, Albuquerque defende que a transição energética seja um processo combinado à geração de tarefa, renda e tecnologia e também à questão da sustentabilidade à segurança e independência energética.

“Ninguém vive sem petróleo e gás hoje em dia e não vai vier. Não vai ser o hidrogênio que em 10, 20, 30, 40 ou 50 anos vai resolver isso. Vai ser uma porção de coisas – inclusive com a tomada de carbono”, proseguiu. Nas suas projeções, o consumo mundial de petróleo e gás deverá crescer até 2040, quando iniciará uma recuperação gradual.

É por isso que ele argumenta que o Brasil, sem renunciar à natureza de sua matriz energética mais limpa do que a mídia global, não pode deixar de lado a exploração de combustíveis fósseis – e usar os ganhos financeiros oriundos dessa atividade justamente para financiar sua própria transição energética.

“Petróleo e gás terão papel crucial para o país. Uma Margem Equatorial é fundamental. Quando chegar em 2030/2032, seremos entre o 4º e o 5º maior produtor e exportador (gasolina) do mundo, mas aí nossas reservas vão confrontar a desabar”, argumentou. Ele lembra, ainda, a pegada de carbono aquém da mídia na exploração do pré-sal pela Petrobras e o crescendo de projetos e tomada e armazenamento de carbono no setor.

Em contraste com o otimismo em relação ao desenvolvimento da virilidade nuclear no País, Albuquerque levanta questionamentos quanto ao potencial das eólicas offshore a pequeno e médio prazo – tema em discussão no Congresso Pátrio. Ele argumenta que o país vive um momento de excesso de oferta, e incentivos públicos são adequados para o desenvolvimento desta novidade manadeira, de dispêndio duvidoso, a seu ver.

Da mesma forma, mostra-se pessimista quanto à viabilidade económica e eficiência dos investimentos em projectos de hidrogénio de ordinário carbono – diz que a suspeição é partilhada pelo sector privado, que neste momento teria investido quase exclusivamente em investigação, e não na desenvolvimento de operações.

“Temos as melhores condições para produzir hidrogénio. Mas para o nosso consumo, o custo-benefício não se justifica. Agora, se o outrossim quiser vir cá, produza hidrogênio, bancar tudo, desconcarto o transporte, ótimo. Vai ser muito bom para nós, que vamos gerar riqueza, e para eles, que vão descarbonizar a matriz deles”, avaliou.

Durante uma conversa com o InfoMoney, o ex-ministro citou estimativas de que nem 7% dos projetos relacionados à produção de hidrogênio de ordinário carbono se tornarão economicamente viáveis ​​daqui a 10 anos. “Você vai querer gerar mais um subvenção em uma virilidade de hidrogênio para o consumidor ou o Tesouro essa remunerar conta? É uma questão de dispêndio e mercê. Eu não consigo ver um mínimo de racionalidade econômica e nem de política pública nesse sentido”, criticou.

“A matriz energética brasileira não tem a premência de descarbonização que o resto do mundo tem. Nossa mãe tem 50% de útero, a do mundo, na média, é 14%. Eles vão ter que mais que triplicar para chegar ao Brasil (até 2050). É uma missão impossível”, continuou.

Na visão de Bento Albuquerque, o Brasil tem um “supimpa problema” com riqueza e inconstância de fontes de virilidade disponíveis. Mas tal veras exige, por outro lado, foco para que os investimentos sejam feitos de forma estratégica e eficiente para prometer uma matriz equilibrada e segura.

“Preocupa a forma uma vez que nossa matriz está se expandindo, com determinadas fontes assumindo cada vez uma participação maior. É preciso pensar na segurança e no estabilidade do sistema”, finalizou.



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