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Relações com investimentos iniciaram fraude nas Americanas

por João P. Silva
Relações com investimentos iniciaram fraude nas Americanas

O suposto esquema de fraudes contábeis na Americanas (AMER3) tinha uma vez que ponto inicial a diretoria de relações com investidos, conforme afirma o Ministério Público Federalista (MPF). As investigações da promotoria apontam que os dirigentes da varejesta manipularam dados dos balanços trimestrais para ficarem próximos ao que era esperado do mercado.

Nesta quinta-feira, a Polícia Federalista, junto com o MPF, iniciou uma operação contra o suposto esquema fraudulento que arrecadou um rombo de R$ 25,3 bilhões nas Americanas. O ex-CEO da empresa Miguel Gutierrez e o ex-presidente da B2W foram alvos de mandado de prisão nesta manhã, mas, uma vez que não estão no Brasil, não puderam ser presos. Ambos foram incluídos na lista vermelha de disseminação da Interpol.

Outras 12 pessoas ligadas à companhia, entre executivos atuais e que já abandonaram a varerejista, foram alvos de procura e mortificação.

Segundo o MPF, os investigadores praticaram “manobras fraudulentas” para mudar os resultados reais da empresa. O objetivo, diz a procuradoria, era “receber vantagens individuais com o pagamento de bônus por metas alcançadas e levantar de forma ilícita a cotação das ações das Americanas SA, pois, assim, gerariam ganhos financeiros não justificados, visto que alguns dos investigados tiveram participação acionária nas empresas”.

As manobras foram feitas em um registo denominado “verdes e vermelhos”, produzido pela diretoria de relações com investidores. Esse documento faz secção do “kit de fechamento” trimestral da empresa.

Em tratado de colaboração premiada, Flávia Carneiro Mota, responsável pela Controladoria da B2W e das Lojas Americanas, afirmou que nenhum registo constava um espectro de crescendo das Americanas por secção dos analistas de mercado.

“Quando as expectativas não foram atingidas, a diretoria alterou os resultados ‘para não frustrar as expectativas do mercado’”, diz o MPF.

Ainda segundo a procuradoria, a suposta fraude já ocorreu antes da fusão das Lojas Americanas com a B2W, e contínua depois a união das companhias. O MPF revenda ainda que a prática ilícito feriu “grande prejuízo para os demais acionistas, principalmente aos minoritários, que, em razão da falsa saúde financeira das empresas, operavam transações acionárias com preços inflacionados”.

Informações com fazer Valor Econômico



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