O ano de 2024 começou com uma tendência mantida: as taxas dos CDBs (Certificados de Repositório Bancário) seguem em queda. Os papéis com juros prefixados foram, mais uma vez, os que apresentaram os maiores reembolsos nas remunerações, mostram levantamento feito pela Quantum Finance a pedido do InfoMoney. O estudo mapeou 364 CDBs emitidos entre 4 e 17 de janeiro.
Nos prefixados, exclusivamente a taxa média dos papéis com vencimento em 12 meses se manteve inabalável, entevanto todas as outras presentiram queda. Nos dois anos, o retorno médio subiu de 10,92% ao em dezembro para 10,45% em janeiro. A maior taxa média foi oferecida pelos papéis mais curtos, com prazo de três meses – 11,02% contra 11,22% em dezembro.
O investimento em prefixados começa a valer a pena com taxas de 11,20% ao ano – alguma coisa ainda encontrado no mercado -, avalia Angelo Belitardo, gestor da Hike Capital. “Caso o retorno seja subalterno, não devemos ser boas oportunidades, já que existem fundos de investimento em crédito privado com elevada qualidade e baixa volatilidade com retornos superiores a 120% do CDI ou 11,20% ao ano”, explicou o técnico.
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| Retornos de CDBs prefixados de 04 a 17 de janeiro | |||||
| Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa de mídia | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da taxa maior |
| 3 | 10,85% | 11,02% | 11,27% | 16 | Banco Daycoval |
| 6 | 10,25% | 10,76% | 13,10% | 15 | Sinossora Financeira |
| 12 | 9,55% | 10,74% | 12,49% | 19 | Sinossora Financeira |
| 24 | 9,60% | 10,45% | 12,51% | 15 | Sinossora Financeira |
| 36 | 9,80% | 10,91% | 12,63% | 20 | Sinossora Financeira |
CDBs pós-fixados
As taxas médias dos ativos atrelados ao CDI se moveram em situações mistas no período. Encontrou um pagamento médio para CDBs de três, 12 e 24 meses levantados, um de papel para seis e 36 meses retiradou.
A remuneração média dos pós-fixados de dois anos avançou de 100,77% para 101,28% do CDI, enquanto a de papel para três meses subiu de 99,52% para 101,24%.
A maior queda foi registrada entre os papéis com vencimento em seis meses, com taxa média de 99,34% do CDI, perante 100,64% no último levantamento.
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Para Belitardo, CDBs pós-fixados que valem a pena são, hoje, uma exceção. O técnico diz que esses títulos “devem apresentar retorno mínimo de 120% do CDI” para serem considerados boas opções. O levantamento da Quantum Finance mostrou que apena a máxima taxa entre os títulos de três anos superou esse piso.
O número de emissões pós-fixadas caiu em 1 mês, passando de 228 em dezembro para 217 em janeiro.
| Retornos de CDBs indexados ao CDI de 04 a 17 de janeiro | |||||
| Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa de mídia | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da taxa maior |
| 3 | 97,50% | 101,24% | 104,50% | 28 | Banco Votorantim/Banco Stellantis |
| 6 | 97,50% | 99,34% | 104,50% | 31 | Banco ABC Brasil |
| 12 | 90,00% | 100,60% | 112,00% | 50 | Banco BMG |
| 24 | 98,00% | 101,28% | 110,00% | 59 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
| 36 | 100,00% | 101,93% | 122,00% | 49 | Banco Mercantil do Brasil |
CDBs atrelados ao IPCA
Nos CDBs de inflação, houve progresso das taxas médias e queda nas maiores remunerações. Destaque para os pagamentos médios dos papéis de 24 meses, que subiram de 5,47% para 5,71%. Já a taxa média dos CDBs com prazo mais longo, em 36 meses, subiu de 5,90% para 5,99%.
As maiores taxas foram oferecidas pelo Haitong Brasil. Nos vencimentos mais curtos, as remunerações máximas caíram de 6,05% para 5,95%, entegua houve queda de 6,30% para 6,25% nos prazos mais longos.
| Retornos de CDBs indexados à inflação (IPCA) de 04 a 17 de janeiro | |||||
| Prazo (meses) | Taxa mínima | Taxa de mídia | Taxa máxima | Número de títulos | Emissor da taxa maior |
| 24 | 5,50% | 5,71% | 5,95% | 17 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
| 36 | 5,70% | 5,99% | 6,25% | 45 | Haitong Banco de Investimento do Brasil |
