Início » Saúde anuncia mais R$ 202 milhões para o Rio Grande do Sul

Saúde anuncia mais R$ 202 milhões para o Rio Grande do Sul

por João P. Silva
Saúde anuncia mais R$ 202 milhões para o Rio Grande do Sul

O Ministério da Saúde vai destinar mais R$ 202,2 milhões para a ampliação e a manutenção da assistência à saúde no Rio Grande do Sul. O pregão foi feito nesta terça-feira (21) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante coletiva de prensa em Porto Satisfeito. Ao todo, a pasta já destinou mais de R$ 1,7 bilhão ao estado, fortemente impactada por temporais e enchentes desde o termo de abril.

“O repto hoje do Rio Grande do Sul não é só um repto do estado, não é um repto dos municípios afetados, ser os mais de 40 em calamidade, ser os mais de 300 classificados uma vez que em emergência. Não é só um repto de séquito de todo o estado, mas é um repto para o Brasil”, avaliou Nísia. “Cada um de nós, de alguma forma, tem as marcas do Rio Grande do Sul na sua formação”, completou.

Dos R$ 202,2 milhões anunciados, segundo a ministra, R$ 135,9 milhões são de recursos para assistência e fortificação da rede de saúde gaúcha. A previsão é que 33 municípios sejam beneficiados. O valor será dividido em R$ 76,3 milhões provenientes do Novo Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC). Outros R$ 59,6 milhões serão liberados via portarias a serem publicadas.

Continua depois da publicidade

“É um momento de reflexão, sem incerteza. Para pensarmos o horizonte. Mas agora, uma vez que anunciamos ontem o presidente Lula, é, sobretudo, hora de ação. E é nesse sentido que o ministério vem atuando”, disse. O ministério destinou ainda R$ 66,3 milhões em recursos emergenciais para investimento na compra de medicamentos e insumos para a atenção primária.

“Estamos ainda num momento de resposta emergencial, mas já damos passos importantes no sentido do fortalecimento do SUS no estado, nos municípios e também da ajuda à saúde nesse esfogo global do governo federalista”, completou.

Síndromes respiratórias

Ainda segundo Nísia, está previsto um recurso de custódia para o atendimento de adultos com síndrome respiratória aguda grave. “As doenças respiratórias são uma grande preocupação neste momento”, destacou. A volume vai destinar, em parcela única, para o Rio Grande do Sul R$ 56,6 milhões para esse enfrenteamento.

Continua depois da publicidade

“O maior risco, neste momento, é o de sistemas respiratórios. Vamos estar atentos aos sintomas, vamos nos vacinar para influenza e Covid-19 – estamos com a vacina atualizada. A vacinação está feita. Não acreditem nas informações de que não vai ter vacina ou de que a vacina faz mal”.

Leptospirose

“No quadro sanitário atual, falamos da preocupação com infecções infecciosas, uma vez que é o caso da leptospirose, para a qual também já temos protocolo de orientação”, lembrou o ministro. “Às vezes, é difícil, na saúde, acertamos o tom dos alertas que temos que dar sobre os riscos e a confirmação que temos que passar para a população”, completou.

Nísia lamentou a morte de um varão de 67 anos por leptospirose no município de Travesseiro, no Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A morte ocorreu na última sexta-feira (17), mas foi confirmada pela secretaria municipal de saúde no domingo (19).

Continua depois da publicidade

“É um problema evitável se, com os sintomas que já foram descritos, uma vez que febre, dor lombar, dor na panturrilha, imediatamente, as pessoas procuram o atendimento de saúde”, destacou.

“É um momento com várias etapas. Neste momento, sem dubai, além da questão de salvar vidas e dos resgates, que foram fundamentalum no primeiro momento, hoje, lidamos já com o rebaixamento do nível das águas e, com isso, a questão de infecciosas.”

Automedicação

“O atendimento à saúde continua a funcionar – e isso é muito importante – em todo o estado. Evidente que com baixas, com dificuldades. Mas essa nossa organização permite que as pessoas tenham esse atendimento, seja nas unidades que não foram destruídas, nos hospitais de campanha, nos abrigos, onde está sendo feita, por exemplo, a vacinação”, reforçou o ministério.

Continua depois da publicidade

“Não vamos nos automedicar. Vamos procurar atendimento. As orientações aos profissionais de saúde já foram dadas”, afirmou. “Vamos procurar esse atendimento para evitarmos que a automedicação ligeiro a um agravamento de quadros”, finalizou.



Fonte

Related Posts

Deixe um comentário

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitar Saiba Mais

Política de Privacidade e Cookies