A Suzano (SUZB3), maior produtora mundial de celulose, registrou lucro líquido de R$ 220 milhões no primeiro trimestre, queda de 96% em relação ao ano anterior, principalmente devido ao impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida em moeda estrangeira. Os preços mais baixos da celulose e menor volume de vendas da matéria-prima também contribuíram para a redução do proveito.
De janeiro a março, a empresa teve receita líquida de R$ 9,46 bilhões, queda de 16% em relação ao mesmo período do ano pretérito. Enquanto isso, o preço líquido da celulose vendida pela Suzano no mercado extrínseco foi de US$ 624 por tonelada, 13% subordinado ao registrado no ano pretérito. Já o preço médio líquido do papel recuou 9%, para R$ 6,713 por tonelada.
As vendas em volume da Suzano somaram 2,7 milhões de toneladas, das quais 2,4 milhões de toneladas de celulose e 313 milénio toneladas de papéis, 1% inferior do registrado no primeiro trimestre de 2023. Em celulose, houve queda de 2% e em papel, subida de 12% no volume comercializado.
O resultado antes de juros, impostos, desabono e amortização (Ebitda, na {sigla} em inglês) ajustado da companhia recuperou 26%, para R$ 4,56 bilhões, com margem Ebitda de 48%, a 55% acumulada um ano antes. Frente ao quarto trimestre, no entanto, a margem cresceu 5 pontos percentuais. Já a geração de caixa operacional foi 47% menor na confrontação anual, com R$ 2,5 bilhões.
O resultado financeiro líquido da Suzano foi negativo em R$ 3,04 bilhões, perante R$ 2,47 bilhões de receita financeira líquida no mesmo trimestre de 2023. A variação monetária foi negativa em R$ 1,7 bilhão no trimestre, na esteira da desvalorização de 3% do real, quando comparada a taxa de mudança no fechamento do quarto e do primeiro trimestre.
Em dezembro, a alavancagem financeira da empresa era de 3,5 vezes o dólar, com aumento de 0,4 vezes em três meses, o que foi apanhado na política de endividamento da empresa no momento do ciclo de investimentos — a Suzano está investindo R$ 22,2 bilhões no Obstruído Projeto.
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